Henrique é novamente escolhido para ajudar em retomada do Cruzeiro

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A volta de Henrique ao Cruzeiro, oficializada pelo clube na última quarta-feira, pegou a todos de surpresa, principalmente por ter saído há seis meses rumo ao Fluminense. Agora, aos 35 anos, iniciará sua terceira passagem pelo clube com a mesma missão que teve em 2013, quando contratado pela segunda vez: ajudar no processo de reformulação do clube e da retomada de resultados. Em situações, claro, diferentes.

O volante chegou ao Cruzeiro em 2008, ainda jovem, com 23 anos. Era um dos homens de confiança do Adilson Batista, com quem havia trabalhado no Japão. Foi campeão do Mineiro em 2008, 2009 e 2011, teve atuações de destaque no vice da Libertadores de 2009 (inclusive com gols importantes, nas quartas de final e na decisão) e foi titular absoluto no Brasileirão de 2010, no qual a Raposa foi vice-campeã. Deixou a Toca em julho de 2011 rumo ao Santos, onde jogou o Mundial e, em 2012, foi titular em boa parte da temporada, conquistando o Paulista e chegando à semifinal da Libertadores.

Em janeiro de 2013, foi envolvido na negociação que levou o meia Montillo do Cruzeiro para o Santos. O retorno à Toca da Raposa se iniciava com um projeto de total reestruturação, principalmente após duas campanhas ruins do Cruzeiro no Brasileiro e na Copa do Brasil. Liderado por Marcelo Oliveira, aquele time seria campeão brasileiro, mas sem participação de destaque do Henrique, que fez apenas nove jogos em toda a temporada. Nilton, Lucas Silva, Leandro Guerreiro e Souza eram nomes que estavam à frente dele na disputa.

O ano seguinte, no entanto, foi de retomada para o volante. Nilton já não vivia boa fase, enfrentava problemas físicos, e Henrique assumiu a titularidade e foi um dos grandes nomes no bicampeonato Brasileiro. Titularidade, esta, que ele manteve até sair do clube em janeiro deste ano. Em sete temporadas, além do bi brasileiro, conquistou duas Copas do Brasil (2017 e 2018, ambas como capitão) e três Mineiros (2014, 2018 e 2019).

Agora, a oportunidade de retorno surge em meio ao momento mais delicado do Cruzeiro em 99 anos de história. Vivendo uma das piores crises financeiras já enfrentadas pelos grandes clubes brasileiros e jogando a Série B pela primeira vez, o clube – com novas diretoria e comissão técnica – vê em Henrique potencial para ajudar a reerguer a Raposa mais uma vez, não só no ponto de vista técnico e tático, mas também na liderança. Com 516 partidas, o volante é o sexto jogador que mais vestiu a camisa estrelada.

Desta vez, no entanto, Henrique chega com rejeição nunca antes enfrentada. A torcida fez campanha nas redes sociais contra o retorno dele, visto como um dos responsáveis pelo rebaixamento no ano passado.

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