Hezbollah bate a porta na cara dos EUA e insiste que vai lançar um grande ataque contra Israel

O vice-chefe do Hezbollah, Naim Qassem, disse que a visita do enviado dos EUA, Amos Hochstein, a Beirute na quarta-feira, na qual Hochstein pediu um acordo para Gaza e a prevenção de uma escalada mais ampla, foi “para encenação” e que o oficial visitante “não trouxe nada”.

“Os americanos querem dizer que estão fazendo algo, mas há um vácuo”, disse Qassem ao canal de televisão Al-Manar do Hezbollah, alegando que Hochstein não ofereceu “nenhuma sugestão substancial”.

Qassem reitera que o Hezbollah revidará contra Israel pela morte de seu comandante militar Fuad Shukr em um ataque aéreo em Beirute há duas semanas: “A retaliação é uma decisão, e essa decisão será implementada”, diz ele.

Enquanto isso, a mídia libanesa relatou na quinta-feira anterior que o governo deu aprovação inicial para o recrutamento de 1.500 soldados adicionais, ostensivamente para serem enviados ao sul do Líbano de acordo com a Resolução 1701 da ONU, a resolução do Conselho de Segurança aprovada no final da Segunda Guerra do Líbano de 2006, que proibiu quaisquer forças armadas, exceto o Exército libanês, de serem enviadas ao sul do Rio Litani. Na prática, o Hezbollah ignorou a resolução.

Israel tem exigido repetidamente que o Hezbollah se retire para o norte do Litani desde que o grupo terrorista começou a atacar Israel após a invasão e massacre do Hamas em 7 de outubro, e prometeu que o Hezbollah será forçado a recuar por meios diplomáticos ou militares.