Hezbollah move mísseis guiados contra Israel enquanto grupo libanês se prepara para uma resposta feroz de Netanyahu

O Hezbollah começou a movimentar seus mísseis guiados de precisão, enquanto a região se preparava para uma feroz resposta israelense ao ataque de foguetes do grupo terrorista no fim de semana que matou 12 crianças.

Um representante de um grupo terrorista libanês disse à Associated Press na segunda-feira que a posição do Hezbollah não mudou e que a organização apoiada pelo Irã não quer uma guerra total com Israel, mas que se a guerra começar, lutará sem limites.

O funcionário, que falou sob condição de anonimato para discutir atividades sensíveis, disse que o Hezbollah começou a mover, desde domingo, alguns de seus “mísseis inteligentes guiados com precisão” para uso, se necessário.

Mais cedo na segunda-feira, dois agentes do Hezbollah foram mortos em um ataque de drones da IDF no sul do Líbano. Os serviços de resgate libaneses disseram que duas pessoas foram mortas e três ficaram feridas, incluindo uma criança, no ataque entre as cidades de Mays al-Jabal e Shaqra, no sul do Líbano.

De acordo com a mídia libanesa, o ataque teve como alvo um carro e uma motocicleta. O IDF não emitiu imediatamente uma declaração sobre os relatos.

Após o ataque, o Hezbollah anunciou a morte de dois membros mortos “na estrada para Jerusalém”, seu termo para agentes mortos em ataques israelenses. Eles foram nomeados como Abbas Hijazi, de Majdel Selm, e Abbas Salami, de Khirbet Selm.

Suas mortes elevaram o número de mortos pelo grupo terrorista desde o início da guerra na Faixa de Gaza para pelo menos 383.

Eles foram os primeiros agentes mortos em um ataque da IDF desde sábado, quando quatro membros da força de elite Radwan do grupo terrorista foram mortos. Depois disso, o Hezbollah realizou o ataque com foguetes na cidade de Majdal Shams, nas Colinas de Golã, que matou 12 crianças e adolescentes.

O Hezbollah negou seu envolvimento no ataque, mas Israel e os Estados Unidos culparam o grupo terrorista libanês. O IDF também forneceu evidências ligando o Hezbollah ao ataque.

Israel prometeu retaliação contra o Hezbollah, e jatos israelenses atingiram alvos no sul do Líbano na manhã de domingo e, segundo relatos, bombardearam locais na região logo após a meia-noite de segunda-feira.

Na noite de domingo, os ministros israelenses autorizaram o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e seu chefe de defesa a decidir sobre a “maneira e o momento” da resposta.

De acordo com relatos da mídia em língua hebraica na segunda-feira, as possíveis respostas não foram mostradas aos ministros, por medo de que vazassem.

Ambos os lados pareciam estar evitando uma escalada que poderia levar a uma guerra total, potencialmente envolvendo outras potências, incluindo os Estados Unidos e o Irã, mas o ataque de sábado ameaçou levar o impasse para uma fase mais perigosa.