Ibovespa fecha em queda de 1,5% após fala de Bolsonaro mas mantém os 100 mil pontos

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O Ibovespa fechou em queda nesta quarta-feira (26) por conta das declarações do presidente Jair Bolsonaro, que afirmou que a proposta do Ministério da Economia para o programa Renda Brasil está suspensa.

“A proposta como a equipe econômica mandou para mim não será enviada ao parlamento,” disse o presidente Jair Bolsonaro em evento em Minas Gerais. “Não posso tirar de pobres para dar para paupérrimos.”

O discurso de Bolsonaro enterra os caminhos desenhados pelo time de Paulo Guedes para o novo programa social. Como consequência, ele também retoma a discussão sobre o risco de o teto de gastos ser rompido ou fragilizado em 2021, já que hoje não se vislumbra alternativa clara para financiar o Renda Brasil respeitando as restrições fiscais impostas.

Segundo análise da XP Política, o Ministério da Economia deve agora ir na direção de desenhar um programa menor, com menos beneficiários, que caiba no orçamento e não rompa o teto. No entanto, isso poderia significar abrir mão do estímulo econômico que atualmente fortalece a popularidade do presidente.

“A alternativa negativa seria dar sequência a um programa no tamanho do que estava sendo tratado, sem a extinção dos outros que hoje são considerados ineficientes”, explicam os analistas políticos da corretora.

Lá fora, as bolsas americanas subiram, com altas entre 0,3% e 1,8% dos índices Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq. Os ganhos foram puxados pelo desempenho forte das ações de empresas de alta tecnologia.

Vale lembrar que hoje foram divulgados os dados de pedidos de bens duráveis nos EUA, que cresceram 11,2% em julho, acima da expectativa mediana dos economistas, que apontava para avanço de 4,8% segundo o consenso Bloomberg.

O Ibovespa caiu 1,46%, aos 100.627 pontos com volume financeiro negociado de R$ 29,34 bilhões. O índice chegou a perder os 100 mil pontos à tarde, mas retomou o nível ganhando força do ânimo das bolsas no exterior.

Enquanto isso, o dólar comercial subiu 1,52% a R$ 5,61 na compra e a R$ 5,6112 na venda. O dólar futuro para setembro tinha alta de 1,87%, a R$ 5,614 no after-market.

No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2022 subiu sete pontos-base a 2,85%, o DI para janeiro de 2023 teve alta de 13 pontos-base a 4,08%, o DI para janeiro de 2025 disparou 21 pontos-base a 5,97% e o DI para janeiro de 2027 variou positivamente 20 pontos-base a 7,05%.

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