Ibovespa sobe e dólar cai depois de Bolsonaro manter apoio a Guedes

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Mercado registra ganhos diante da menor possibilidade de saída do ministro da Economia

O Ibovespa opera em expressiva alta nesta terça-feira (18) após o presidente Jair Bolsonaro reforçar seu apoio ao ministro da Economia, Paulo Guedes. Bolsonaro disse que a saída de Guedes jamais foi cogitada e que a possibilidade do governo furar o teto de gastos é nula. Ontem, o risco fiscal e os rumores sobre a possível saída de Guedes do governo ajudaram a fazer a Bolsa perder os 100 mil pontos e o dólar a bater R$ 5,50.

No exterior, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aumentou as restrições contra a Huawei, tornando mais difícil para a empresa acessar componentes essenciais como microchips. Trump já havia assinado na última sexta-feira uma ordem executiva para a Bytedance, dona do aplicativo TikTok, vender suas operações no país. No fim de semana, as reuniões entre representantes dos EUA e da China para tratar do acordo comercial foram adiadas devido às tensões entre os dois países por conta de questões ligadas a tecnologias sensíveis.

Entretanto, o dia também é de alta para os futuros dos índices Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq. Isso porque Wall Street está de olho nos resultados do Walmart, que reportou lucro e receita acima das projeções dos analistas no segundo trimestre, e do Home Depot, que também superou as expectativas em suas demonstrações financeiras.

Às 10h13 (horário de Brasília) o Ibovespa subia 1,70%, aos 101.285 pontos.

Enquanto isso, o dólar comercial cai 1,25% a R$ 5,4258 na compra e a R$ 5,427 na venda. O dólar futuro para setembro tinha perdas de 1,32%, a R$ 5,439.

No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2022 opera com perdas de nove pontos-base, a 2,72%, o DI para janeiro de 2023 perde 13 pontos, a 3,90% e o DI para janeiro de 2025 recua 21 pontos-base a 5,72%.

Entre as commodities, o minério de ferro superou os US$ 120 por tonelada, mas o petróleo cai e o barril do Brent opera em desvalorização de 0,35% a US$ 45,21 com correção depois da alta de ontem, calcada na expectativa pela reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (Opep+) que ocorre amanhã.

De olho no teto de gastos

No Brasil, o foco continua a ser o noticiário político-econômico. O mercado teme que o presidente Jair Bolsonaro aumente os gastos do governo, degradando ainda mais o cenário fiscal.

A crise na pasta da economia é um dos pontos que chama atenção. Ontem, mais um membro do Ministério da Economia deixou o cargo. Foi a vez do subsecretário de Política Macroeconômica, Vladimir Kuhl Teles.

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