Imunologista explica como serão os testes da vacina de Oxford contra a Covid-19

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Em entrevista para a CNN neste domingo (28), o médico imunologista e professor da Universidade de São Paulo Jorge Kalil comentou sobre como serão feitos os testes em humanos da vacina de Oxford, que será adquirida pelo Brasil. A parceria entre os governos brasileiro e britânico foi anunciada no último sábado (27) em coletiva realizada pelo Ministério da Saúde.

“Nós não vamos testar essa vacina aqui nos extremos de idade. Nós vamos testar mais nos indivíduos adultos. Para que a gente possa utilizar nas populações de risco – que são as pessoas de idade e de comorbidades – nós precisamos de outros testes. Eu sei que os Estados Unidos vão testar um grande número de indivíduos e vão incluir bastante indivíduos com mais de 60 anos de idade”, afirma Kalil.

O princípio ativo, desenvolvido pela Universidade de Oxford, será enviado para a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que será a responsável pela incorporação da tecnologia no Brasil. Ao todo, o acordo prevê que mais de 30,4 milhões de doses estejam prontas para serem testadas até janeiro de 2021. Caso a imunização contra a Covid-19 seja bem-sucedida, o governo brasileiro se comprometeu a comprar um total de 100 milhões de doses para ofertar à população.

“O que seria ideal é que pudéssemos imunizar entre 60 e 80% da população brasileira, mas se nós imunizarmos 50%, sobretudo aquelas pessoas que nós sabemos que correm mais risco, e protegê-las, sem dúvida vai diminuir bastante a doença como está, a ocupação dos hospitais e recursos da saúde. E nos daria, digamos, uma tranquilidade quase eficaz, quase total. Mas a gente precisaria, realmente imunizar, 80% se for possível

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