Israelenses querem negociações de dois estados, preferem o próximo acordo com o estado árabe

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Os israelenses querem negociações com os palestinos baseadas em dois estados, mas preferem que o próximo acordo alcançado seja com um estado do Golfo, de preferência o Catar, segundo pesquisa encomendada pela esquerdista Geneva Initiative em conjunto com o Adva Center.Dos 503 israelenses entrevistados em 14 e 15 de setembro, 49% disseram apoiar “a renovação das negociações com os palestinos com base na solução de dois estados”, e 35% disseram que se opunham a tal movimento.

A pesquisa incluiu 280 entrevistados de direita que se identificaram, dos quais 31,5% apoiaram negociações em dois estados. Havia também 130 apoiadores do Likud identificados na pesquisa, dos quais 29% expressaram preferência por negociações em dois estados. A pergunta da pesquisa era vaga e não incluía uma definição de como seriam as fronteiras dessa resolução de dois estados. Cerca de 39% dos entrevistados disseram preferir que o próximo acordo de Israel seja com um dos três Estados do Golfo.Desse número, 25% disseram que queriam que o próximo acordo fosse com o Catar, 8% disseram que favoreciam Omã e 6% disseram que queriam um acordo com o Sudão.Dos israelenses de direita, 32% disseram preferir o Catar, e dos entrevistados do Likud 26% disseram preferir o Catar.

Os entrevistados receberam apenas esses três estados como uma opção.Outros 34% dos entrevistados disseram preferir que Israel faça um acordo primeiro com os palestinos antes de assinar outro acordo com os Estados do Golfo.A pesquisa com israelenses com mais de 18 anos, incluindo 75 cidadãos árabes, foi realizada pelo Midgam Institute, liderado por Mano Gev. Possui margem de erro de 4,3%. A pesquisa foi feita nos dias 14 e 15 de setembro, justamente quando o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu estava em Washington para assinar documentos de normalização com dois Estados do Golfo – Emirados Árabes Unidos e Bahrein.

Em troca do acordo de paz com os Emirados Árabes Unidos, conhecido como Acordo de Abraão, Israel concordou em suspender seu plano de anexar 30% da Cisjordânia.Dos entrevistados, 47% disseram que apoiavam a suspensão e 24% disseram que se opunham a ela. Dos entrevistados do Likud, 36% disseram que apoiavam a suspensão, 32% disseram que se opunham a ela.O diretor-geral israelense da Iniciativa de Genebra, Gadi Baltiansky, disse que os dados mostram que os cidadãos israelenses ainda reconhecem a importância de fazer a paz com os palestinos.“O público israelense entende que mesmo durante os dias coroados, um processo de paz com os palestinos é necessário e que pode até ajudar a lidar com a crise atual”, disse Baltiansky.

Com informações Jerusalém Post

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