Líderes discutem política de preços e gás social
Houve encontro hoje (1º.out.2021), no Palácio da Alvorada, entre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para discutir o preço do combustível e a agenda econômica.
Essa reunião acontece num momento em que o governo busca alternativas para conter a alta dos combustíveis, tema que assumiu o topo das prioridades do Palácio do Planalto, acima do Auxílio Brasil, programa substituto do Bolsa Família, aponta material da Folhapress.
Lira escreveu no Twitter, após o encontro, que já há “decisões práticas” para reduzir estes custos. Ele citou a aprovação na Câmara do auxílio Gás Social, com valor de, no mínimo, 50% da média do preço nacional do botijão, com objetivo de subsidiar famílias de baixa renda.
Como o imposto é calculado sobre um percentual do preço de bomba, o valor cobrado pelos estados, em reais, aumenta na mesma proporção dos preços. Sendo assim, se o valor do combustível sobe, o valor cobrado de ICMS também, o que pressiona o preço final.
Diversos aliados do presidente passaram a considerar o preço da gasolina e do diesel nas bombas, um dos principais obstáculos para a campanha de reeleição de 2022. Para o Planalto, mesmo o lançamento de um programa social turbinado não traria um grande impacto eleitoral e que é preciso achar uma saída para o problema dos preços.
Ainda ontem (30.set.2021), Bolsonaro sugeriu em transmissão ontem (30.set.2021), a criação de um “fundo regulador” para estabilizar o preço dos combustíveis utilizando dividendos da Petrobras pagos à União. Ele afirmou que “ninguém vai meter a mão em nada”. Essa sinalização do fundo de estabilização já havia sido dada por Lira na quarta-feira (29).
De acordo com Lira, o fundo não mexeria na política de preços da Petrobras e poderia ser alimentado com dividendos repassados majoritariamente para a União ou com recursos do gás do pré-sal.
Jair defendeu também a decisão da Petrobras de investir num programa social – cerca de R$300 milhões, segundo a Estatal -, para garantir a compra de gás de cozinha por famílias em situação de vulnerabilidade social.