Lira convoca reunião de emergência sobre emendas parlamentares, após decisão de Dino
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), interrompeu o recesso parlamentar e convocou uma reunião extraordinária com líderes partidários. A decisão foi tomada após o ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), bloquear o pagamento de R$ 4,2 bilhões em emendas e ordenar que a Polícia Federal (PF) investigue um suposto esquema de desvio de recursos.
O recesso do Congresso começou na segunda-feira (23), com todos os políticos fora de Brasília (DF). No entanto, após a decisão de Dino, Lira retornou à cidade para reunir as lideranças partidárias.
A decisão do STF atende a uma solicitação do PSOL, que apontou irregularidades na destinação de R$ 4,2 bilhões em emendas de comissão.
Decisão de Dino Aumenta Tensão Entre STF e Congresso
A decisão do ministro Flávio Dino de barrar e investigar as emendas parlamentares intensifica a tensão entre os dois Poderes. Parlamentares avaliam que o STF “invade” o trabalho do Congresso, enquanto a Suprema Corte defende que apenas exerce seu papel quando acionada.
Ao bloquear o pagamento dos recursos na segunda-feira (23), primeiro dia do recesso parlamentar, Dino citou episódios de mau uso do dinheiro público, incluindo “malas de dinheiro sendo apreendidas em aviões, cofres, armários ou jogadas por janelas”.
Além da suspensão dos pagamentos, o ministro ordenou à PF a abertura de um inquérito para investigar a liberação do recurso. Dessa forma, Dino abriu mão do recesso do Judiciário, visto que as operações da PF podem gerar mais desdobramentos envolvendo a suspeita de desvio de dinheiro público.