Lula demite presidente do INSS após operação bilionária da PF por fraude em aposentadorias
Em resposta à megaoperação da Polícia Federal (PF) e da Controladoria-Geral da União (CGU) que desmantelou um esquema bilionário de fraudes em aposentadorias e pensões, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) exonerou, nesta quarta-feira (23), Alessandro Stefanutto da presidência do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A decisão foi formalizada em edição extra do Diário Oficial da União, divulgada pela Casa Civil no início da noite.
Stefanutto, que estava à frente do órgão, é um dos investigados na operação que apura o desvio de pelo menos R$ 6,3 bilhões dos cofres públicos. Além dele, outros cinco servidores do INSS e um policial federal são suspeitos de envolvimento no esquema. A Justiça Federal determinou o afastamento de todos os investigados de seus respectivos cargos na manhã desta quarta-feira.
Indicado ao cargo pelo ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, Stefanutto era servidor de carreira do INSS desde o ano 2000. Com passagens pelo PSB, atualmente ele é filiado ao PDT.
A força-tarefa deflagrada mobilizou cerca de 700 agentes da PF e 80 servidores da CGU para cumprir um total de 211 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão temporária, todos expedidos para o estado de Sergipe. Até o momento, apenas três dos seis alvos de prisão temporária foram detidos, enquanto os demais seguem foragidos.
Entre os servidores do INSS afastados estão ocupantes de cargos estratégicos como o diretor de Benefícios e Relacionamento com o Cidadão, o chefe da Procuradoria Federal Especializada do INSS, o coordenador-geral de Suporte ao Atendimento ao Cliente e o coordenador-geral de Pagamentos e Benefícios. A operação expõe um possível esquema de corrupção em altos escalões do instituto previdenciário.
