Lula diz que qualquer ministro que se envolver em atos ilícitos será “demitido do governo”

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A reunião foi convocada após divergências públicas entre membros do primeiro escalão. Na última quarta-feira (4), Rui Costa desautorizou o colega Carlos Lupi, ministro da Previdência, e negou que o governo federal vá revisar a última reforma da Previdência, aprovada em 2019, na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A proposta havia sido feita por Lupi na cerimônia de posse no cargo.

“Não há nenhuma proposta sendo analisada neste momento para revisar a reforma previdenciária ou outra [reforma]. Não há nada sendo elaborado”, reagiu Costa, que reiterou que Lula autorizou dizer que todas as propostas passarão pela Casa Civil e a decisão caberá ao chefe do Executivo federal. “Quem teve mais de 60 milhões de votos é que decide”, afirmou Rui Costa.

Lupi havia dito que a reavaliação da reforma seria feita em conjunto com sindicatos. “Quero formar uma comissão quadripartite, com os sindicatos dos trabalhadores, os sindicatos patronais, dos aposentados e com o governo. Precisamos discutir com profundidade o que foi essa antirreforma da Previdência. Discutir com números e com profundidade”, detalhou Lupi na ocasião.

Na primeira reunião ministerial, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta sexta-feira (6), que qualquer ministro que se envolver em atos ilícitos será demitido do governo e terá que se colocar à disposição das investigações judiciais.

“Quem fizer errado sabe que tem só um jeito: a pessoa será simplesmente, da forma mais educada possível, convidada a deixar o governo. E se cometer algo grave a pessoa terá que se colocar diante das investigações e da própria Justiça”, disse Lula. Mas, depois, Lula afirmou que não vai deixar nenhum ministro para trás e que vai cuidar de todos como “uma mãe” trata os filhos.

O encontro ocorreu no Palácio do Planalto, em Brasília, e contou com a participação de todos os 37 ministros. Entre os objetivos da reunião está o freio de arrumação entre os titulares de pastas e dar o recado de que, para anunciar qualquer medida, é preciso o aval do presidente da República.

Lula defendeu ainda que os ministros tenham uma relação harmoniosa com o Congresso Nacional. “Muitos de vocês são resultados de acordos políticos, porque não adianta a gente ter o governo tecnicamente formado em Harvard e não ter o voto na Câmara dos Deputados e não ter o voto do Senado”, afirmou no encontro.

“É o Congresso que nos ajuda. Nós não mandamos no Congresso, nós dependemos do Congresso e, por isso, cada ministro tem que ter a paciência e a grandeza de atender bem cada deputado e cada senador que o buscar”, completou.

De acordo com o presidente, cada ministro tem a “obrigação de manter a mais harmônica” relação com o Congresso Nacional. “Quando a gente vai conversar, você não está propondo um casamento, mas a gente está propondo aprovar um projeto ou fazer uma aliança momentânea em torno de um assunto que interessa ao povo brasileiro”, disse.

Divergências entre ministros

A reunião foi convocada após divergências públicas entre membros do primeiro escalão. Na última quarta-feira (4), Rui Costa desautorizou o colega Carlos Lupi, ministro da Previdência, e negou que o governo federal vá revisar a última reforma da Previdência, aprovada em 2019, na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A proposta havia sido feita por Lupi na cerimônia de posse no cargo.

“Não há nenhuma proposta sendo analisada neste momento para revisar a reforma previdenciária ou outra [reforma]. Não há nada sendo elaborado”, reagiu Costa, que reiterou que Lula autorizou dizer que todas as propostas passarão pela Casa Civil e a decisão caberá ao chefe do Executivo federal. “Quem teve mais de 60 milhões de votos é que decide”, afirmou Rui Costa.

Lupi havia dito que a reavaliação da reforma seria feita em conjunto com sindicatos. “Quero formar uma comissão quadripartite, com os sindicatos dos trabalhadores, os sindicatos patronais, dos aposentados e com o governo. Precisamos discutir com profundidade o que foi essa antirreforma da Previdência. Discutir com números e com profundidade”, detalhou Lupi na ocasião.

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