Maior seca do Brasil dos últimos 74 anos pode impactar os preços dos alimentos

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Os dados da Conab indicam que os preços dos alimentos devem permanecer altos até o início de novembro, com a laranja e a banana sendo os mais afetados pela seca severa. A seca entre 2023 e 2024 no Brasil é a mais intensa da história recente, conforme relatório do Cemaden. As mudanças climáticas têm impactado cada vez mais a produção de alimentos, refletindo diretamente no custo de vida.

A Conab prevê uma redução na produção de alimentos e um aumento nos preços, com a laranja e a banana sendo os mais impactados. A maior parte da produção de laranja está em São Paulo e no Triângulo Mineiro, regiões severamente afetadas pela seca e queimadas. A banana já teve um aumento significativo de preço este ano devido à irregularidade das chuvas.

Os preços devem continuar altos até pelo menos o início de novembro, quando a nova safra de banana nanica do Vale do Ribeira, norte catarinense e norte mineiro, e a banana-prata de Minas Gerais e Bahia, chegam ao mercado, segundo Sílvio Isoppo Porto, Diretor-Executivo de Política Agrícola e Informações da Conab.

O excesso de chuvas no sul do país, causado pelo fenômeno La Niña, pode impactar os preços das proteínas suínas e de frango, já que 70% da produção nacional ocorre nessa região. Proteínas de outras partes do país, mais afetadas pela seca, terão aumentos de preços mais significativos.

Para produtos como leite, carne, arroz, feijão, frango e ovos, o impacto no preço deve ser mais duradouro durante a estiagem, especialmente no Centro-Oeste, Sudeste e Nordeste, onde as condições climáticas são mais severas, segundo a Conab. Os grãos como trigo, milho, arroz e soja não terão aumento imediato nos preços devido à seca, pois a colheita já ocorreu e as lavouras foram menos afetadas.

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