Manifestantes realizam protestos contra ‘G7 imperialista’ próximo do hotel de Lula em Hiroshima; vídeo
A poucas quadras do hotel onde está hospedado o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Hiroshima, no Japão, manifestantes de esquerda protestam contra a realização do G7 na manhã desta sexta-feira, 19. Bandeiras chama reunião multilateral de “imperialista” e exige fim às armas nucleares.
A cúpula do G7 neste fim de semana reunirá líderes mundiais para discutir a guerra na Ucrânia, o processo inflacionário, as mudanças climáticas e outras questões internacionais. O presidente brasileiro participará como convidado
Os manifestantes marcharam pelas ruas centrais de Hiroshima e foram escoltados por uma forte força policial. Ninguém conseguiu chegar perto da Plaza de la Paz, onde se reúnem os países membros do G7, nem mesmo o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.
Um dos líderes da manifestação, o estudante Daichi Ogi, de 25 anos, explicou que o G7 era uma conferência para a guerra nuclear contra a Rússia. “A Ucrânia e a Rússia são iguais, uma coopera com a OTAN e a outra coopera com a China. Não há certo ou errado. O Ocidente deve manter suas mãos longe da Ucrânia”, disse o jovem.
O discurso se assemelha às recentes declarações de Lula em que defendeu uma postura neutra, igualando as responsabilidades dos presidentes da Ucrânia, Volodmir Zelenskyy, e da Rússia, Vladimir Putin, no conflito.Com repercussão negativa, o presidente mudou seu discurso e reiterou a condenação da ONU ao Brasil pela invasão territorial de Moscou à Ucrânia.
O G7 fará uma declaração defendendo o fim das armas nucleares. A escolha de Hiroshima, cidade-alvo das bombas atômicas no final da Segunda Guerra Mundial, deveu-se ao aspecto simbólico antinuclear.
As preocupações originais de segurança do Japão são com a extrema direita local, que é antiamericana. Polícia de Hiroshima foi reforçada por temores de ataques terroristas.
