Manifestação gigantesca ocorre na Avenida Paulista a favor de Bolsonaro; vídeos

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Vestidos com o verde e o amarelo da bandeira do Brasil, que Bolsonaro reivindicou como símbolo durante o mandato, uma imensa multidão de seus apoiadores lotou a Avenida Paulista, uma das principais artérias da capital econômica do país.

Bolsonaro chegou agitando a bandeira israelense – uma rejeição aos comentários do presidente Luiz Inácio Lula da Silva comparando a ofensiva de Israel em Gaza ao Holocausto – antes de colocar a mão no peito para o hino nacional.

O ex-oficial do exército, de 68 anos, pediu aos seus apoiadores que participassem de uma “manifestação pacífica em defesa do Estado democrático de direito” na capital econômica, São Paulo, que os organizadores esperam que batam recorde.

Pelo menos quatro governadores esteve presentes no evento pró-Bolsonaro na Avenida Paulista neste domingo (25 de fevereiro). Tarcísio de Freitas (Republicanos) de São Paulo; Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais; Ronaldo Caiado (União), do Goiás; e Jorginho Mello (PL), de Santa Catarina estão entre milhares de apoiadores de Bolsonaro que se manifestam na rua principal da capital São Paulo, convocados pelo próprio ex-presidente.

‘Vítima de perseguição’

O ex-presidente Bolsonaro negou as acusações e se recusou a responder perguntas durante um interrogatório de meia hora na quinta-feira na sede da Polícia Federal em Brasília.

“Bolsonaro é uma pessoa honesta, vítima de perseguição”, disse o construtor Wilson Aseka, de 63 anos, que viajou 700 quilômetros (430 milhas) do estado de Minas Gerais para participar do protesto.

“É importante apoiá-lo, porque ele representa Deus, a pátria e a família”, acrescentou, repetindo o lema do ex-presidente com uma bandeira do Brasil pendurada nos ombros.

Além de Bolsonaro, discursaram o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, a ex-primeira-dama, Michelle, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freita (Republicanos), o pastor Silas Malafaia e parlamentares apoiadores do ex-presidente.

O que disse o Malafaia

O pastor Silas Malafaia, organizador do ato na Avenida Paulista a favor de Jair Bolsonaro, afirmou neste domingo (25/2) que há uma “engenharia do mal” para prender o ex-presidente. No trio elétrico, em São Paulo, o religioso também atacou pessoalmente o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, e o ministro da Corte Alexandre de Moraes.

Malafaia começou o discurso dizendo que não estava ali para atacar o STF. “Quando você ataca uma instituição, você é contra a República e o Estado Democrático Direito”, afirmou. Ao longo da fala, contudo, fez uma série de críticas ao Judiciário. “Vou mostrar a vocês a engenharia do mal para prender Jair Messias Bolsonaro”, declarou, em referência às operações da PF autorizadas por Moraes. Ele chamou Bolsonaro de o “maior perseguido político” da história do País.

“O sangue de Clécio está na mão de Alexandre de Moraes e ele vai dar conta a Deus”, disse o pastor, em referência a um dos presos pelos ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023, que morreu na cadeia. “Como um ministro do STF tem lado? Ele não tem que combater a extrema direita nem a extrema esquerda. Ele é o guardião da Constituição”, declarou Malafaia, também em referência a Moraes.

Ao citar frase em que Barroso afirmou que o país havia derrotado o bolsonarismo, o pastor também atacou o presidente do STF. “Isso é uma vergonha, é uma afronta ao povo”, declarou, ao acrescentar que o “supremo poder da nação” é o povo. “Não tenho medo de ser preso. Vergonha é se calar, se esconder, fugir”, disse Malafaia.

Também religioso, o senador Magno Malta (PL-ES) afirmou que o Brasil precisa “restabelecer seu Estado Democrático de Direito”. “Tem três Poderes, governadores, Judiciário, Legislativo e Executivo, sem atropelos, um necessariamente precisa respeitar o outro. Chamo atenção para o presidente do Senado, presidente da Câmara, presidente do Supremo”, declarou.

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