Militares têm compromisso de se preparar para possível agressão interna, afirma Bolsonaro

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O presidente Jair Bolsonaro (PL) participou nesta sexta-feira (8/7) da solenidade militar de entrega de espadins aos cadetes da Força Aérea Brasileira (FAB), em Pirassununga (SP). Em discurso, o chefe do Executivo cobrou preparação dos militares para o que caracterizou de “agressões internas”.

“Nós, militares, todos, vocês, jovens cadetes, que receberam o espadim agora há pouco, nós todos fizemos um juramento: dar a vida pela nossa pátria, se preciso for. E esse ‘dar a vida’ não é com possíveis agressões de fora, em especial por agressões internas. Temos esse compromisso, temos que nos preparar dia a dia para essa possibilidade. Vivemos em paz, temos um país democrático e seu povo ama e respira a liberdade. A nossa vida pode ser decisiva para vocês, jovens, para as crianças, nossos filhos e netos possam continuar vivendo nesse território brasileiro”, disse sem citar nomes ou detalhar a que se referia.

Bolsonaro relatou ainda “cobiça” por parte de outros países. E indiretamente se referiu às eleições de outubro e a seu opositor político, Lula falando em “traição”. “O que temos aqui, poucos têm e isso passa a ser cobiçado por muita gente de fora do nosso país. O que nós não podemos admitir é que a traição venha de gente de dentro do país para comungar com essas teses, buscando, ao tirar a nossa liberdade, entregar as nossas riquezas e a nossa gente a outra ideologia”, bradou.

“As cores da nossa pátria são a verde e a amarela que representam a esperança, o progresso, a democracia e a liberdade. Tem gente incomodada com isso. Por vezes, eu olho no espelho e me pergunto: como cheguei até aqui? Qual é a missão que Deus me deu?”, questionou.

Em seguida, o chefe do Executivo relatou ter um “ritual” matutino diário de rezar para que o Brasil “não sinta as dores do comunismo.” Bolsonaro também disse contar com “pessoas de bem, civis e militares” para zelar pela liberdade.

“Eu tenho um ritual desde quando assumi a presidência: levantar, dobrar os joelhos, me concentrar e pedir a Deus que nós não venhamos a sentir as dores do comunismo. Para isso eu peço mais do que sabedoria. Eu peço também força para resistir e coragem para decidir. Mas nós não podemos fazer nada sozinhos. Por isso, conto com muitas pessoas de bem, civis e militares para que possamos cada vez mais dizer a vocês: assim como o oxigênio é essencial para as nossas vidas, a liberdade é essencial.”

Bolsonaro repetiu cobiça no país e apontou que “alguns vendilhões se associam a outros de fora para nos escravizar”. Por fim, alegou ser um presidente que “acredita em Deus, que respeita os seus militares, defende a família e deve lealdade ao seu povo”.

E, nas entrelinhas, pediu mais um voto de confiança nas urnas, citando que “até o último dia da minha vida ou do meu mandato, farei com que a nossa Constituição seja de fato cumprida. Estou aqui porque fui voluntário, porque entendo ser essa uma missão dEle, materializada pelas mãos de muitos de vocês. E até o último dia da minha vida ou do meu mandato, eu farei com que a nossa Constituição seja de fato cumprida. Nos preparemos, analisemos o que vem acontecendo na nossa pátria. Não somos um país de samba e carnaval nos momentos felizes. Somos um grande país, uma grande nação.”

As falas foram transmitidas por meio das redes sociais do presidente, já que a TV Brasil, canal que faz a cobertura oficial, tem limitações de transmissão por conta do período eleitoral.

Com informações Correio Braziliense

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