Ministro israelense dispara críticas ao governo Lula, após investigação de soldado

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O ministro israelense de Assuntos da Diáspora e Combate ao Antissemitismo, Amichai Chikli, enviou uma carta ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) no domingo, classificando como “uma desgraça para o governo brasileiro” a decisão da Justiça Federal de acolher um pedido de uma ONG pró-palestina para investigar um soldado israelense de férias no Brasil, acusado de crimes de guerra durante o conflito contra o Hamas na Faixa de Gaza. O soldado deixou o país no domingo.

Na carta, o ministro criticou a Fundação Hind Rajab (HRF), que solicitou a investigação do soldado Yuval Vagdani, de 21 anos, por supostos crimes de guerra em Gaza. Chikli afirmou que os líderes da organização apoiam grupos considerados terroristas por Israel, como Hamas e Hezbollah, e atribuiu a eles declarações favoráveis aos atentados de 11 de setembro de 2001 e ao ataque de 7 de outubro de 2023 contra o sul de Israel.

O ministro também criticou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o governo brasileiro pela investigação, embora a autorização tenha sido concedida pela Justiça Federal. Chikli afirmou que o apoio do presidente Lula a indivíduos com visões extremas é uma vergonha para o governo brasileiro e manchará a história da nação.

Em uma publicação nas redes sociais, Chikli justificou ter recorrido a Eduardo Bolsonaro, chamando-o de “meu amigo” e solicitando que ele expusesse a organização, que ele descreveu como um grupo de direitos humanos que abriga ativistas do Hezbollah e apoiadores do Hamas.

O soldado Vagdani, que passou o fim do ano na Bahia, deixou o Brasil no domingo, com destino à Argentina, sob acompanhamento da Embaixada de Israel em Brasília.

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