Moraes mantém prisão de Anderson Torres e nega visita de Flávio Bolsonaro
O ministro Alexandre de Moraes, do STF), manteve Anderson Torres preso no batalhão da Polícia Militar de Brasília por não ver a necessidade de transferir o ex-ministro da Justiça para o hospital prisional. Moraes também negou a visita dos senadores Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e Marcos do Val (Podemos-ES) a Torres, por entender que há uma “conexão” entre as investigações entre eles e Torres.
Embora tenha negado aos dois parlamentares o acesso a Torres, Moraes permitiu que outros 38 senadores o vissem no Batalhão 19 da Polícia Militar, desde que divididos em grupos de cinco.
As visitas podem ser realizadas mediante alguns critérios estabelecidos por Moraes, como proibição de acompanhantes, assessores, seguranças, imprensa e parentes de Torres e restrição de acesso a celulares, câmeras, gravadores, computadores ou outros aparelhos eletrônicos. Equipamento.
É vedado aos senadores ingressar no batalhão com mensagens de qualquer natureza endereçadas ao despenseiro, bem como divulgar a terceiros mensagens do ex-ministro.
Na semana passada, um grupo de senadores, em sua maioria antigovernamentais, entregou a Moraes um pedido para visitar Torres “por motivos humanitários”. O ex-ministro da Justiça está preso desde janeiro.
Além de Flávio Bolsonaro e Marcos do Val, os senadores Sergio Moro (União Brasil-PR), Ciro Nogueira (PP-PI), Rogério Marinho (PL-RN) e Hamilton Mourão (Republicano-RS) solicitaram a visita. Há também militantes de partidos populares como Chico Rodrigues (PSB-RR).
Em carta ao ministro do STF, os defensores de Torres disseram que o encontro com os parlamentares poderia ajudá-lo em sua “profunda depressão”.
Na petição apresentada ao STF, os advogados dizem que se opuseram “inicialmente” a visitas de políticos, “seja para evitar uma possível politização do caso, seja por causa de seu estado de saúde delicado”. No entanto, reiteraram que “o acto de solidariedade” demonstrado pelos parlamentares “pode contribuir para a sua recuperação”, “sobretudo num contexto em que o queixoso sofre de depressão profunda”.