MPF arquiva representação contra Mauro Cid por silêncio na CPI
Nesta quinta-feira (20), o Ministério Público da Federal pediu à Justiça do Distrito Federal o arquivamento da ação movida pela CPI sobre os ataques em Brasília contra o tenente-coronel Mauro Cid. O militar convocado em 11 de julho para afastar a comissão exerceu seu direito de permanecer em silêncio mais de 40 vezes e se recusou a responder a várias perguntas de parlamentares durante o depoimento de mais de sete horas.
As denúncias contra Mauro Cid decorreram da descoberta pela Polícia Federal de mensagens em seu celular contendo informações com teur golpista. Em conversas com o coronel do Exército Lawand Júnior, os dois discutiram a possibilidade de intervenção militar contra a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Segundo o procurador da República, Caio Vaez Dias, que se manifestou sobre o caso, não foi demonstrada nenhuma conduta criminosa dos militares que justifique o arquivamento da ação.Dias reiterou que as questões dirigidas a Mauro Cid no depoimento dizem respeito a factos pelos quais já estava em curso uma investigação criminal contra ele, o que torna legítima a sua recusa em respondê-las