Na Celac, Lula crítica Trump por guerra comercial e faz alerta
Em seu discurso na cúpula da Celac, no Honduras, nesta quarta-feira (9), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou a imposição de tarifas unilaterais, argumentando que elas desestabilizam a economia global e defendeu uma maior união entre as nações da América do Sul e do Caribe frente às disputas por antigas lideranças mundiais.
Lula enfatizou que “guerras comerciais não trazem resultados positivos para nenhum dos lados”, em uma referência à política de tarifas implementada pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que taxava produtos de países considerados desleais nas relações comerciais com os EUA.
Após o anúncio dessas tarifas na semana anterior, países como a China e a União Europeia começaram a planejar uma resposta. México e Canadá já haviam anunciado medidas semelhantes nas semanas anteriores.
O presidente brasileiro alertou que “nossa autonomia está novamente ameaçada. Tentativas de restabelecer antigas hegemonias pairam sobre nossa região”. Ele acrescentou que “tarifas arbitrárias desestabilizam a economia internacional e aumentam os preços. A história nos ensina que guerras comerciais não têm vencedores”.
O evento em Honduras reuniu representantes dos 33 países da América Latina e do Caribe, além de delegados de organizações internacionais e parceiros de outras regiões convidados pela presidência hondurenha. A Celac é destacada como o único fórum de diálogo que engloba todas as nações em desenvolvimento do continente americano.
Em seu pronunciamento, Lula apelou à colaboração entre os países da região, afirmando que “se permanecermos divididos, a comunidade latino-americana e caribenha corre o risco de retroceder à condição de área de influência em uma nova configuração de superpotências. O momento exige que superemos nossas divergências”.
