“Não há elementos para indiciar Eduardo, e Michelle,” diz diretor da PF

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O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, afirmou que a corporação não encontrou elementos suficientes para indiciar a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o deputado federal Eduardo Bolsonaro no inquérito sobre a tentativa de golpe. Em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, na noite de segunda-feira (27), o delegado explicou que, embora os dois tenham sido citados por Mauro Cid, não foram encontrados elementos adicionais.

Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência da República, detalhou o esquema de golpe e citou os envolvidos na articulação para derrubar as instituições democráticas e anular o resultado das eleições de 2022. No final do ano passado, a PF enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) o relatório final das diligências, indiciando 37 pessoas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro e os generais Walter Braga Netto e Augusto Heleno.

“A investigação apontou elementos relacionados a outras pessoas, mas, no caso concreto, não encontramos provas que confirmassem a participação dessas duas pessoas”, disse Andrei. No acordo de delação, Cid mencionou que a articulação golpista era formada por grupos distintos ao redor de Bolsonaro.

Os “conservadores” viam Bolsonaro como líder, o núcleo dos “moderados” evitava ações radicais, e o grupo dos “radicais” defendia ações armadas para manter Bolsonaro no poder. De acordo com Cid, Michelle e Eduardo faziam parte deste último grupo.

Michelle ironizou a citação a ela, postando uma figurinha em uma rede social onde aparece chorando e enchendo duas xícaras. Andrei afirmou que o relatório enviado ao Supremo é consistente. “O relatório apresentado é consistente, com respeito ao devido processo legal e às garantias fundamentais”, completou ele.

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