“Nenhuma retirada significativa” das tropas russas da fronteira da Ucrânia, diz EUA
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse na quarta-feira que os Estados Unidos não estão vendo evidências de que a Rússia esteja retirando tropas da fronteira da Ucrânia, apesar das alegações russas.
“Infelizmente, há uma diferença entre o que a Rússia diz e o que faz. E o que estamos vendo não é um retrocesso significativo”, disse Blinken no programa “Good Morning America” da ABC.
“Pelo contrário, continuamos a ver forças, especialmente forças que estariam na vanguarda de qualquer agressão renovada contra a Ucrânia, continuando na fronteira, em massa na fronteira”, disse ele.
Blinken reiterou que os EUA acreditam que a Rússia pode invadir a vizinha Ucrânia a qualquer momento, inclusive nesta semana.
“Dissemos que estávamos em uma janela de tempo em que a invasão poderia vir a qualquer momento. O presidente Putin colocou em prática a capacidade de agir em um prazo muito curto. Ele poderia puxar o gatilho. Ele poderia puxá-lo hoje. Ele poderia puxá-lo amanhã. Ele poderia puxá-lo na próxima semana. As forças estão lá se ele quiser renovar a agressão contra a Ucrânia”, disse Blinken.
Blinken ressaltou que os EUA continuam comprometidos em tentar buscar a diplomacia, mas disse que a bola está no campo da Rússia.
Vários funcionários dos EUA também disseram à CNN que não há evidências para fundamentar as alegações russas de uma retirada de suas tropas perto da fronteira ucraniana.
“Não vimos nenhuma retirada credível, verificável ou significativa”, disse um funcionário do governo Biden à CNN, pedindo aos repórteres que “sejam profundamente céticos em relação às fontes oficiais russas” que pretendem mostrar uma retirada de forças.
Um alto funcionário dos EUA disse que os EUA “não estão vendo nenhum movimento para apoiar essa afirmação” da Rússia.