Noruega diz que Rússia está por trás de ciberataque contra seu parlamento

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O parlamento norueguês afirma ter sofrido um ataque cibernético em agosto e contas de e-mail de muitos políticos foram hackeada

A Rússia está por trás de um ataque cibernético lançado contra o parlamento norueguês em agosto contra o sistema de e-mail do parlamento do país, disse o ministro das Relações Exteriores da Noruega.

Em 1º de setembro, o parlamento norueguês disse que havia sofrido um ataque cibernético durante a semana anterior e que contas de e-mail de vários políticos e funcionários foram hackeadas.

“Com base nas informações disponíveis ao governo, avaliamos que a Rússia está por trás dessa atividade”, disse a ministra das Relações Exteriores, Ine Eriksen Soreide, em um comunicado na terça-feira.

“O fato de sairmos com uma atribuição é um forte sinal … das autoridades norueguesas”, disse Soreide a repórteres fora do ministério.

Quando anunciaram o incidente pela primeira vez, as autoridades norueguesas não disseram quem achavam que estava por trás do ataque.

A Noruega queria ter uma relação pragmática com a Rússia, mas não podia aceitar tais ataques contra suas instituições democráticas, acrescentou Soreide, quando questionada se o ataque teria consequências para as relações entre a Noruega e a Rússia.

O Ministério das Relações Exteriores da Rússia não respondeu imediatamente a um pedido de comentário da agência de notícias Reuters, enquanto funcionários da embaixada em Oslo também não estavam imediatamente disponíveis para comentar.

Em sua avaliação anual de ameaças publicada em fevereiro, o Serviço de Segurança da Polícia da Noruega (PST, a agência de inteligência doméstica) alertou sobre “operações de rede de computadores” que representava uma “ameaça persistente e de longo prazo para a Noruega”.

Em 2018, a Noruega, membro da OTAN, prendeu um cidadão russo suspeito de coletar informações na rede do parlamento na Internet, mas o libertou semanas depois devido à falta de provas.

Os dois países, que compartilham uma fronteira comum no Ártico, em geral têm desfrutado de boas relações, mas essas relações se tornaram tensas desde a anexação russa da Península da Crimeia em 2014.

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