O Datafolha tenta favorecer o PT?

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Todo mundo sabe que as pesquisas têm uma opinião, ficam à espera de um resultado específico, costumam ser encomendadas e há uma confusão entre a expectativa e a análise. “Cometem erros”: mais do que isso, sempre erram do mesmo lado, onde quer que Lula e PT estejam.

Em 2014, na penúltima pesquisa do primeiro turno, o Datafolha constatou que Dilma tinha 40% de votos, Marina tinha 24% e Aécio patinava em terceiro, com 21% (pesquisa do Datafolha no link).

Após 3 dias: Dilma teria 41%, Aécio 33% e Marina meros 21%. Como Aécio aumentou 12% em 3 dias?

Dilma, a impeachmada, teria 44%, pela última pesquisa. Dentro de uma margem de erro de três pontos percentuais, mas por que mistério o Datafolha erraria com Dilma sempre pra cima, e com os outros candidatos sempre para baixo? Por que até mesmo uma possível transferência de votos de Aécio para Marina era pleiteada, prejudicando o tucano e favorecendo o PT?

Datafolha, sendo um instituto “confiável”, seguiu mostrando contradições. O mais estranho é o Lula ser apontado como candidato, mesmo com todos os escândalos envolvendo sua prisão, ter sido apontado em 7 ações judiciais, 1 indiciamento e se livrou da maioria.

Quem não se lembra que em 2018 as pesquisas apontavam liderança de Lula, mesmo condenado? Jair Bolsonaro não teve gastos exorbitantes com campanha política e ganhou as eleições. Isso aponta que as pessoas realmente queriam Lula no poder?

O Lula falou em grampo que tinha conhecimento das pesquisas do Datafolha antes delas saírem, e que, se empenharia para que as pesquisas colocassem os petistas disparados na frente (para dar a idéia de que o povo apoiava a corrupção). Quando veio a publico os grampos, falava-se sempre sobre os institutos de pesquisa e o Datafolha foi citado claramente. A Folha citou todos os grampos com textos parecidos com os anunciados pelo Estadão, mas onde falava sobre os institutos de pesquisa, mesmo que não citasse o Datafolha, eram omitidos.

É de se questionar se o Datafolha questiona sobre todas as denúncias envolvendo o ex-presidente Lula, desde o menino do MEP, os descalabros envolvendo Celso Daniel e o Bancoorp, até as tecnicalidades de votos de mais de 400 páginas de juízes mostrando as provas da corrupção de Lula.

E quem não se lembra do Datafolha analisando as manifestações pelo impeachment, chamando matemáticos para afirmar que é impossível ter um milhão de pessoas na Avenida Paulista (chutando menos de um quinto do número divulgado pela PM), mas que acredita piamente na tese milionária quando contabiliza os números da Parada Gay?

No caso da campanha do desarmamento (que foi recusado pela população, embora a lei tenha passado de toda forma), o Datafolha afirmava que 80% das pessoas queriam desarmamento. Nas urnas, tão somente 36% votaram contra o direito de possuir armas, sagrando-se o monopólio das armas nas mãos de quem não respeita a lei.

O problema, pois, não é o Datafolha errar, já que em futurologia, todo mundo erra. O problema é que o Datafolha sempre erra para o lado do PT. Se o petista estiver na frente, parece que a pesquisa sempre divulgará na margem de erro superior. Seu adversário, sempre na margem inferior. Nunca se sabe de um caso de erro do Datafolha em que o instituto tenha chutado que o PT estava pior do que o esperado, ou em que o Datafolha tenha cogitado que os adversários do PT estavam numa posição melhor do que de fato estavam.

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