Onda de calor intensa no Brasil vai agravar e ascende alerta vermelho

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O calor que tem atingido grande parte do Brasil deve se intensificar nesta semana. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), uma nova onda de calor afetará regiões de Rondônia ao Rio Grande do Sul, com temperaturas podendo subir até 5ºC acima da média histórica. A umidade está baixa em muitas áreas e, em algumas cidades, as temperaturas podem ultrapassar os 40ºC.

O alerta de onda de calor do Inmet inclui os estados de Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, além do sul de Minas Gerais e do norte do Rio Grande do Sul. Espera-se que as temperaturas fiquem 5ºC acima da média por dois a três dias a partir desta segunda-feira (9).

A MetSul Meteorologia explica que o Brasil está sendo impactado por uma massa de ar extremamente seca e quente, resultando em níveis de umidade muito baixos. Valores de umidade relativa do ar entre 10% e 20% têm sido comuns nos estados do Centro-Oeste e do Sudeste, com níveis chegando até abaixo de 10% em algumas áreas durante a tarde, semelhantes aos encontrados em desertos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera níveis de umidade abaixo de 20% como uma situação de emergência.

O final de semana foi marcado por temperaturas elevadas em várias regiões, com marcas superiores a 40ºC em algumas cidades. Cuiabá registrou 42,6ºC, Aquidauana (MS) 41ºC, e São Miguel do Araguaia (GO) 40,3ºC. Segundo a MetSul, a onda de calor deve intensificar-se e atingir seu pico de intensidade ao longo desta semana.

A estiagem prolongada e o solo cada vez mais seco estão criando um ciclo autoalimentado de calor e secura. A MetSul prevê que a massa de ar seco e quente sobre o Brasil se intensifique e se expanda ainda mais nos próximos dias.

A seca prolongada tem contribuído para um aumento das queimadas no país, afetando especialmente as cidades do Norte e do Sul. As queimadas na Amazônia também têm impacto nas regiões do Sul e Sudeste, com a fumaça se deslocando devido a um corredor de vento que atravessa o Brasil.

No último final de semana, foram registrados 7.028 focos de calor no país, segundo o Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Julho e agosto deste ano tiveram recordes de queimadas em várias regiões, incluindo a Amazônia, que está enfrentando níveis de chuva abaixo do normal. Isso afeta as bacias hidrográficas e torna a vegetação mais suscetível ao fogo.

De acordo com dados da IQAir, no domingo (8), Porto Velho (RO), Rio Branco (AC) e São Paulo (SP) apresentaram as piores qualidades de ar do mundo.

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