Onda de calor que se estendeu em vários estados do Brasil, preocupa meteorologistas
O Rio Grande do Sul está submerso em inundações sem precedentes, enquanto uma onda de calor extraordinária assola o Centro-Sul do país. Informações do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) indicam que, na primeira semana de maio, as temperaturas médias superaram o normal em até 8°C.
Esta elevação de temperatura é o resultado da atual onda de calor, a quarta desde o começo do ano, que teve início em 23 de abril. Embora esperada para terminar na primeira semana de maio, a onda de calor persiste e deve continuar até o dia 17. Após um breve período mais ameno, espera-se que o calor retorne com força até o final desta semana.
O Inmet baseia-se em um histórico de 30 anos para estabelecer a média de temperatura esperada, e os números atuais são notáveis. Em maio de 2024, São Paulo experimentou a temperatura máxima mais elevada para o mês em mais de sete décadas, com 32,8°C no dia 5, superando o recorde anterior de 30°C em maio de 1943.
Veja como outras cidades também enfrentaram temperaturas significativamente acima da média:
- Curitiba (PR): 23,1°C, 8°C acima da média
- São Paulo (SP): 25,3°C, 7,1°C acima da média
- São Joaquim (SC): 17,2°C, 5,7°C acima da média
- Morro da Igreja (SC): 14,8°C, 5,6°C acima da média
- Brasília (DF): 22,6°C, 5,4°C acima da média
- Rio de Janeiro (RJ): 26,5°C, 4,5°C acima da média
- Porto Alegre (RS): 21,4°C, 4,5°C acima da média
- Belo Horizonte (MG): 24,4°C, 3,9°C acima da média
- Canela (RS): 16,3°C, 2,9°C acima da média
- Goiânia (GO): 24,8°C, 2,8°C acima da média
Fábio Luengo, meteorologista da Climatempo, ressalta a intensidade e a duração incomum desta onda de calor, que já se estende por mais de duas semanas, excedendo a duração usual de até sete dias.
Estes extremos climáticos no Brasil destacam a urgência de políticas eficazes para adaptação e mitigação das mudanças climáticas, bem como a importância do planejamento urbano e da prevenção de desastres naturais diante de tais eventos extremos.