Oposição crítica o STF após Bolsonaro e aliados se tornarem réus em julgamento
O ex-presidente Jair Bolsonaro e sete aliados tornaram-se réus por envolvimento em um plano de golpe de Estado, conforme decisão da 1ª Turma do STF (Supremo Tribunal Federal). O julgamento, iniciado na terça-feira (25) com a fase preliminar, gerou repercussão entre governistas e oposição.
Bolsonaro, por meio de suas redes sociais, criticou a “pressa” do STF em analisar a denúncia contra ele, comparando a velocidade do processo com os casos do Mensalão e da Lava Jato. “Estão com pressa. Muita pressa”, escreveu o ex-presidente.
Deltan Dallagnol, ex-coordenador da Operação Lava Jato, também se manifestou, criticando a exibição de um vídeo por Alexandre de Moraes durante o julgamento. “Juiz político é assim: passa um vídeo no meio do julgamento que NÃO ESTÁ NOS AUTOS, e utiliza isso CONTRA os ACUSADOS”, afirmou Dallagnol.
O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) ironizou a decisão do STF, fazendo referência à derrota da seleção brasileira para a Argentina em um jogo de futebol. “Ontem deu Argentina, hoje deu Venezuela”, publicou o parlamentar.
Gustavo Gayer (PL-GO) também criticou o STF, alegando que a Corte estaria “desgastada e desacreditada” e classificando o julgamento como um “teatro judicial de péssima qualidade”.
Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente, questionou a exibição de vídeos durante o julgamento, minutos após a decisão unânime do STF. “É juiz ou promotor? Como que exibe um vídeo que não está nos autos e com o claro objetivo de prejudicar o réu? Não sobrou nada do Estado Democrático de Direito. A Constituição virou cinzas”, escreveu o senador, em publicação repostada pelo pai.
