Países da OTAN preparam o envio de tropas para Ucrânia para frear avanço da Rússia
A crescente tensão no leste europeu ganha um novo capítulo com a possibilidade de aliados dos Estados Unidos na OTAN enviarem instrutores militares para a Ucrânia. Segundo relatos do New York Times, essa ação visa fortalecer as forças armadas ucranianas diante da escassez de tropas e da necessidade urgente de treinar novos recrutas.
A iniciativa, que poderia acelerar o envio de soldados para a linha de frente, é vista como uma potencial escalada do envolvimento dos EUA e da União Europeia no conflito. A Casa Branca, apesar de resistir à ideia de enviar instrutores, enfrenta a inevitabilidade dessa medida, conforme indicado pelo general Charles Q. Brown Jr.
A OTAN já desempenhou um papel significativo no treinamento de soldados ucranianos em diversos países, mas a adaptação às táticas ocidentais mostrou-se desafiadora. A situação é complicada pela necessidade de proteger os instrutores dos ataques aéreos e de mísseis, o que poderia exigir a realocação de defesas aéreas vitais.
Países como Estônia e Lituânia expressaram apoio ao envio de instrutores, enquanto a França, a Grã-Bretanha e a Alemanha consideram planos para manter armamentos na zona de combate. A Casa Branca mantém uma postura firme contra o envio de tropas americanas, incluindo instrutores, para o solo ucraniano, pedindo aos aliados da OTAN que sigam o mesmo caminho.
Este desenvolvimento sugere um momento decisivo para a OTAN e a estratégia militar na Ucrânia, com implicações significativas para a segurança e a estabilidade da região.
No início desta semana, o secretário de Defesa britânico, Grant Shapps, disse que “mover o treinamento para mais perto” da Ucrânia faria sentido, mas acrescentou que Londres não queria colocar tropas britânicas no terreno.