Percevejo da China que chegou ao Brasil ameaça se espalhar e causar estragos

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O percevejo-de-pintas-amarelas (Erthesina fullo) é uma espécie nativa da China, com pouco mais de 1 centímetro de comprimento, corpo verde ou amarelo e pintas amarelas. Apesar do seu tamanho pequeno, é considerado uma praga na Ásia, pois se alimenta de diversas plantas e causa desequilíbrios ambientais. Os registros no Brasil levantam preocupações sobre o possível impacto ambiental e econômico.

Na Baixada Santista, litoral de São Paulo, ele foi visto 22 vezes, com maior incidência em Santos, mas também em São Vicente e Guarujá.

Provavelmente introduzido na região por navios, o primeiro registro ocorreu em 2020, perto do Porto de Santos, quando o biólogo Yan Lima e Silva o avistou, inicialmente confundindo-o com uma espécie nativa. A investigação começou após alertas de cientistas.

O Erthesina fullo é um inseto polífago, alimentando-se de diversos tipos de plantas. Na Ásia, causa danos em algumas culturas agrícolas. No entanto, no Brasil, ainda não há dados suficientes para determinar se a espécie representa uma ameaça para as plantas cultivadas. Seu tamanho 1,2 a 1,5 cm de comprimento a aparência, Corpo verde ou amarelo com pintas amarelas a reprodução a fêmea deposita entre 50 a 200 ovos por vez. Ciclo de vida dura de 4 a 6 semanas. Ele Vive entre 2 a 4 meses, dependendo das condições

Embora ainda não tenha causado danos significativos no Brasil, o percevejo é motivo de preocupação para os pesquisadores. Caso continue a se expandir, pode se tornar uma espécie invasora, comprometendo o equilíbrio ambiental e causando prejuízos econômicos no Brasil e na América do Sul.

“Há risco, caso não haja um monitoramento adequado”, alertou Ricardo Brugnera, pesquisador da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. O último registro no sistema iNaturalist foi feito em outubro de 2024, no Parque São Vicente.

O iNaturalist é uma plataforma online e um aplicativo de ciência cidadã onde as pessoas podem registrar fotos e publicar observações sobre plantas, animais, insetos e outros organismos, contribuindo para a criação de uma base de dados sobre a biodiversidade global.

Riscos e Preocupações

Ambiental e econômico: A espécie pode se tornar invasora e causar danos ambientais e econômicos em nível nacional e até na América do Sul.

Hábito alimentar: O inseto é polífago, alimentando-se de diversos tipos de plantas.

Riscos a humanos: Apesar de não representar riscos à saúde humana até o momento, especialistas recomendam o monitoramento contínuo. Qualquer pessoa que aviste o inseto deve tirar fotos e publicá-las no iNaturalist para aumentar a base de dados sobre a espécie.

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