PGR reserva para próxima semana possível denúncia contra Bolsonaro

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A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentará na próxima semana ao Supremo Tribunal Federal (STF) os resultados das investigações relacionadas à suposta tentativa de golpe, na qual 40 pessoas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro e o general Walter Braga Netto, foram indiciadas pela Polícia Federal. A expectativa é que Bolsonaro seja incluído na primeira leva de acusações.

Conforme relatado pelo jornal O Globo, Paulo Gonet, procurador-geral da República, decidiu por uma estratégia de fatiamento da denúncia, apresentando as acusações ao Supremo de forma gradual. Inicialmente, a denúncia incluirá Bolsonaro, Braga Netto e outros membros da “cúpula” da trama.

Em novembro de 2024, Bolsonaro e 39 pessoas foram indiciadas pela Polícia Federal por envolvimento na trama golpista após sua derrota nas eleições de 2022 para Luiz Inácio Lula da Silva. Além de Bolsonaro e Braga Netto, também foram indiciados o general Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira, e Almir Garnier.

Caso Gonet decida denunciar Bolsonaro e seus aliados, o processo será encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes, relator no Supremo, e depois analisado pela Primeira Turma. Em um relatório de 884 páginas enviado ao STF no final do ano passado, a Polícia Federal afirma que Bolsonaro “planejou e teve domínio direto e efetivo” em um plano de golpe de Estado.

Segundo a PF, as ações executadas pelo grupo liderado por Bolsonaro visavam abolir o Estado democrático de direito, porém, não se consumaram por motivos alheios à vontade de Bolsonaro. Desde o indiciamento, Bolsonaro nega envolvimento na tentativa de golpe.

A estratégia de fatiamento da denúncia visa agilizar a análise dos casos no STF, facilitando a instrução do processo. A expectativa é que o julgamento seja concluído até o final do ano, evitando que o caso se estenda para 2026, ano eleitoral.

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