Política aprovou Fundeb, preferiu adiar Censo e ampliou gasto da defesa, diz Guedes

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Em audiência pública virtual da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados para falar sobre o orçamento da Educação e da Saúde, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou há pouco que sempre se refere a política de maneira respeitosa mas “agora, a verdade é que a política aprovou o Fundeb, preferiu em meio a pandemia adiar o Censo e resultou em aumentou de gastos com defesa”, frisou o ministro.

Ele disse que o Brasil surpreendeu o mundo com a aprovação da reforma da Previdência no primeiro ano de governo e, no ano seguinte, com a pandemia, surpreendeu novamente devido as medidas adotadas que fizeram com que o desempenho da economia brasileira fosse melhor do que as expectativas.

“Brasil caiu 4% e outras economias avançadas bem mais”, disse, acrescentando que o Brasil ainda gerou empregos formais e protegeu 64 milhões de vulneráveis.

Sobre o novo Fundeb, o ministro destacou que chegou a tentar negociar percentuais menores de destinação mas o Congresso não aceitou. “O que não pode é sempre que aprova coisa boa como o Fundeb, foi a política; aí quando desaprova o Censo, foi o ministro da Economia. Foi a política também”, disse.

O ministro afirmou que há compressão dos gastos em geral e isso não se aplica apenas ao ministério da Educação como aos outros ministérios, citando que há reclamação do Meio Ambiente, Saúde e Agricultura. “Isso é a negação da política”, frisou, acrescentando que quando não houver mais recursos discricionários, não precisa de política porque vai tudo estar em um software.

Guedes disse que houve um repasse “brutal” de recursos para Estados e municípios. Disse que não acha que foi maldade de ninguém, mas acredita que ouve a percepção de que a segunda onda tinha ido embora.

“Terminamos o ano com todos os governos [locais] com recorde de caixa e não acho que foi por maldade. Acho que havia percepção de que a onda tinha ido embora, que pandemia estava recuando”, contou.

O ministro destacou que há temas a serem discutidos como os ministérios da saúde, educação e não atribuir superpoderes ao ministro da Economia. Sobre orçamento paralela, Guedes disse que democracia brasileira está em evolução, temos que aprender a fazer orçamentos juntos e orçamentos são controlados pela maioria.

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