Polônia sugere a OTAN uma “retaliação devastadora” contra Rússia se Putin usar armas nucleares na Ucrânia

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A resposta da Otan a qualquer uso de armas nucleares táticas pela Rússia na Ucrânia deve ser “devastadora” , mas apenas empregar armas convencionais, já que a ameaça de Moscou não é direcionada ao bloco, disse o ministro das Relações Exteriores polonês, Zbigniew Rau.

“Até onde sabemos, Putin está ameaçando usar armas nucleares táticas em solo ucraniano, não para atacar a OTAN, o que significa que a OTAN deve responder de maneira convencional”, afirmou Rau durante sua aparição na quarta-feira no programa Meet the Press da NBC News. .

“Mas a resposta deve ser devastadora. E suponho que esta seja a mensagem clara que a aliança da OTAN está enviando à Rússia neste momento” , destacou o ministro.

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse no domingo que “as consequências seriam horríveis” para a Rússia se usar armas nucleares na Ucrânia, acrescentando que esta mensagem já foi comunicada à liderança russa pública e privadamente.

O alerta seguiu-se a um discurso de Vladimir Putin há uma semana, no qual ele anunciou a mobilização parcial na Rússia e criticou “alguns altos funcionários dos estados da OTAN” por sugerirem que a implantação de armas nucleares contra a Rússia era justificada.

O presidente deixou claro que tal medida não ficará sem resposta pela Rússia, lembrando que ela tem seu próprio arsenal de armas destrutivas, algumas das quais superam suas contrapartes ocidentais. “Se a integridade territorial de nossa nação estiver ameaçada, certamente usaremos todos os meios de que dispomos para defender a Rússia e nosso povo. Não é um blefe”, afirmou Putin.

Na semana passada, os EUA e aliados aumentaram a coleta de inteligência e a vigilância devido a preocupações de que os sinais de que a Rússia decida enviar armas nucleares possam “chegar tarde demais”, informou o Politico na terça-feira.

De acordo com autoridades dos EUA, que conversaram com a agência, o monitoramento aéreo, espacial e cibernético de unidades russas na Ucrânia que poderiam receber a ordem nuclear do Kremlin foi intensificado, com atenção especial também sendo dada ao enclave ocidental de Kaliningrado.

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