Preço dos alimentos no Brasil vão ficar mais caros; entenda

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A resiliência dos produtores de alimentos enfrentará grandes desafios se as variações climáticas repentinas, com períodos alternados de calor e frio intensos, e a seca, que facilita a propagação de incêndios, continuarem a afetar o país. O economista Thiago de Oliveira, da Companhia de Entrepostos e Armazéns de São Paulo (Ceagesp), alerta que esses eventos climáticos podem impactar os preços no varejo ainda em 2024. Segundo Oliveira, a pressão sobre os preços ao consumidor afeta mais os cítricos, como laranjas e limões, que são sensíveis ao clima seco e instável, o que pode prejudicar a produtividade e o tempo de colheita.

Essas condições podem favorecer o avanço do greening, uma doença bacteriana transmitida por um inseto, que já causou a erradicação de mais de 2 milhões de árvores no estado de São Paulo este ano. “Se a umidade não melhorar significativamente, haverá um aumento considerável nos custos. Estamos falando de meados de outubro, com impacto inicial nos preços no atacado e, em seguida, no varejo, chegando ao consumidor”, explica o economista.

No estado, as hortaliças, tanto folhas quanto legumes, podem ser impactadas em dezembro. Esses produtos tiveram boa oferta nas últimas semanas, pois o clima seco favorece a maturação e colheita, mas é prejudicial para os ciclos de plantio e crescimento das plantas. Esses produtos, assim como os cítricos, tendem a ter um aumento no consumo durante os meses quentes.

Desde agosto, o estado tem enfrentado grandes incêndios, favorecidos pelo tempo seco. Até esta segunda-feira (16/09), cinco municípios paulistas ainda tinham incêndios ativos. Apesar de pouco intensas, a nebulosidade e as chuvas que atingem o estado desde domingo (15/09), juntamente com uma ação coordenada com 20 aeronaves, contiveram a maior parte dos focos de incêndio, que diminuíram 88% em uma semana, segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências da Defesa Civil do estado de SP (CGE) divulgou em nota no início da tarde.

O órgão informou que três municípios ainda têm focos de incêndio ativos: Itirapuã e Rifaina, na região de Franca, e Bananal, na região da Serra da Bocaina.

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