Prefeitura de BH mapeia ruas que serão fechadas para o funcionamento de bares e restaurantes

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Ruas e avenidas de Belo Horizonte que poderão ficar fechadas para o funcionamento de bares e restaurantes, após a retomada do atendimento presencial, já estão sendo mapeadas pela prefeitura. Sem o fluxo de veículos, as vias serão ocupadas por mesas e cadeiras dos estabelecimentos. A BHTrans confirmou, nesta quarta-feira (29), que analisa os pontos de interdição.

Na semana passada, após reunião com o presidente do Sindicato de Hotéis, Motéis, Restaurantes, Bares e Similares (Sindhorb-BH), o prefeito Alexandre Kalil (PSD) sinalizou que a medida pode ser adotada, mas mantendo as rígidas regras de segurança para impedir a transmissão da Covid-19.

A empresa que gerencia o trânsito da capital vai traçar estratégias capazes de não provocar prejuízos para o fluxo de automóveis nas regiões. “O mapeamento e a análise das vias estão em andamento e, quando concluídos, serão divulgados”, declarou a BHTrans.

Flexibilização

Ainda não há uma data definida para a reabertura dos estabelecimentos, que há 130 dias funcionam apenas nos esquemas de delivery e take away (quando o consumidor pega a comida na porta). No entanto, o setor está na expectativa de novidades nos próximos dias. 

Paulo César Pedrosa e Nadim Donato, presidentes do Sindhorb-BH e do Sindicato dos Lojistas, informaram nesta quarta que a prefeitura deve convocar uma coletiva, na próxima sexta-feira (31), para anunciar como será o processo de flexibilização social da metrópole.

O executivo confirmou qe fará um comunicado daqui a dois dias. Médicos que integram o Comitê de Combate à Covid-19 declaram que o momento não é favorável para a reabertura do comércio. Há exatamente um mês, BH retornou à fase 0 da flexibilização social. No período, os casos de coronavírus saltaram de 5.510 para 18.415, alta de 234%.

Professor da UFMG e integrante do Comitê de Combate à Covid-19 em BH, Unaí Tupinambás é enfático ao afirmar que o município não está preparado para avançar no processo de flexibilização. “Claro que não. A ocupação dos leitos está alta e estamos no auge da pandemia”, disse. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMSA), 91% das vagas de UTI estão ocupadas.

“Há uma tendência de redução, mas o momento ainda é crítico. Por isso, é preciso evitar esses ambientes que podem provocar aglomerações”, ponderou o médico.

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