Putin alerta para que países não interfiram na guerra se não haverá uma retaliação como nunca vista antes na história
O presidente russo, Vladimir Putin, prometeu retaliar contra aqueles que interferem na operação Rússia-Ucrânia, em um ataque nunca visto antes na história em um pronunciamento surpresa na televisão na quinta-feira, informou a agência de notícias AFP. Putin anunciou uma operação militar na Ucrânia com explosões ouvidas logo depois em Kiev, capital da Ucrânia, e em outras partes do país.
Isso provocou indignação do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que alertou para uma “catastrófica perda de vidas”, disse o relatório da AFP.
Na reunião de emergência do Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU) realizada na quarta-feira, o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, fez um apelo pessoal a Putin para impedir que suas tropas entrem na Ucrânia, informou a AFP.
Putin reuniu entre 150.000 e 200.000 soldados ao longo das fronteiras da Ucrânia.
“Tomei a decisão de uma operação militar”, disse Putin, segundo o relatório da AFP, no anúncio surpresa da televisão pouco antes das 6h (0300 GMT) em Moscou.
No discurso televisionado, o presidente russo pediu aos soldados ucranianos que deponham as armas. Ele justificou a invasão alegando um “genocídio” no leste da Ucrânia, segundo o relatório da AFP.
Mais cedo, o Kremlin havia dito que líderes rebeldes no leste da Ucrânia pediram ajuda militar a Moscou contra Kiev.
Cerca de 30 minutos após o anúncio de Putin, um repórter da AFP em Kiev ouviu explosões. De acordo com repórteres da AFP, explosões também foram ouvidas na cidade oriental de Mariupol e no porto de Odessa, no Mar Negro.
O relatório da AFP disse que Biden imediatamente alertou sobre “consequências” para a Rússia e disse que o mundo “responsabilizará a Rússia” por suas ações.
Biden disse que a ação da Rússia causaria “perda catastrófica de vidas e sofrimento humano”, segundo o relatório da AFP. Jens Stoltenberg
