Rússia emite novo alerta a Finlândia e Suécia
Moscou terá que aumentar suas “capacidades” no noroeste se as instalações da Otan aparecerem na Finlândia e na Suécia, disse o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov. O principal diplomata fez as declarações na quinta-feira ao se encontrar com estudantes e funcionários do Instituto Estadual de Relações Internacionais de Moscou (MGIMO).
“Se forem criadas bases [da OTAN] no território da Finlândia e da Suécia, ou melhor, se eles decidirem criar essas bases para eles – estou convencido de que os americanos terão a palavra-chave… , claro, tomaremos a decisão de fortalecer nossas capacidades no noroeste da Rússia”, afirmou Lavrov, sem fornecer mais detalhes.
De qualquer forma, lançar bases da OTAN no território das duas nações nórdicas expandiria “radicalmente” a “linha de contato” entre a Rússia e a aliança, acrescentou o ministro.
A Finlândia e a Suécia lutaram para se juntar ao bloco liderado pelos EUA no início deste ano, citando o conflito em andamento entre a Rússia e a Ucrânia. Embora formalmente mantenham um status neutro por décadas, as duas nações nórdicas cooperam estreitamente com a aliança militar há muito tempo.
O processo de adesão chegou a um impasse depois que um importante país da OTAN, a Turquia, se opôs aos planos de aceitar a Suécia e a Finlândia. Ancara acusou os dois países de funcionar como “hospedagens para organizações terroristas” e hospedar membros de grupos curdos ilegais que considera “terroristas”.
O impasse foi finalmente resolvido em junho, durante a cúpula da OTAN em Madri, após uma série de intensas negociações. A Turquia concordou em apoiar formalmente a adesão de Estocolmo e Helsinque ao bloco militar com a condição de reprimir grupos que Ancara considera “terroristas” e abordar outras questões bilaterais, como um embargo de armas. As deliberações sobre como exatamente implementar o acordo, no entanto, ainda estão em andamento.
