SP descarta variante indiana do Coronavírus; cepa de Manaus “domina” casos na capital
O secretário da Saúde de São Paulo, Edson Aparecido, descartou nesta segunda-feira (14) que a variante indiana do coronavírus, a chamada B.1617, esteja circulando pela capital paulista.
“Nós não temos nesse momento a circulação da variante indiana na cidade de São Paulo, sendo que 97,14% do sequenciamento genético realizado é da variante de Manaus e os outros 2,86% são de outras variantes, como a do Reino Unido”, afirmou Aparecido em coletiva de imprensa.
Ao lado do prefeito Ricardo Nunes (MDB), o secretário explicou que há mais de 30 dias, todas as segundas-feiras, são enviadas cerca de 250 amostras de testes de Covid-19 com resultado positivo para fazer o sequenciamento genético aos institutos.
Até agora, de acordo com a Prefeitura de São Paulo, não foi encontrado nenhum caso da variante indiana.
Variante de Manaus “domina” casos
Por outro lado, a análise das amostras rastreadas no município de São Paulo mostra que a variante P1 (Manaus) do coronavírus corresponde a mais de 90% do total verificado entre os meses de abril — que já tinha cerca de 70% dos casos avaliados — e maio.
Na época, os pesquisadores analisaram 91 amostras de pacientes infectados pelo coronavírus em municípios da região metropolitana e verificaram que 77% delas se mostraram positivas para a cepa.
Ação em rodoviárias
Para tentar rastrear uma possível transmissão da cepa indiana, a administração da capital tem feito ações em terminais rodoviários.
Desde o dia 25 de maio até este domingo (13), no Terminal Rodoviário do Tietê, 147 ônibus foram abordados e 4.089 passageiros foram avaliados, com 18 sintomáticos respiratórios identificados pela equipe da prefeitura.
Destes, oito realizaram exame RT-PCR e três pessoas, não residentes em São Paulo, apresentaram resultado positivo até o momento. Nenhum para a cepa indiana. Os três estão em acompanhamento pelo e-SUS.