SP: justiça ordena Enel a restabelecer energia em 24 Horas

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A Justiça brasileira deu à distribuidora de energia elétrica Enel um prazo de 24 horas para restabelecer o fornecimento de energia elétrica aos clientes afetados pela tempestade da última sexta-feira em São Paulo e estabeleceu uma multa de 100 mil reais (cerca de US$ 17 mil) por hora em caso de descumprimento.

O juiz Fabio de Souza Pimenta considerou esta situação “inaceitável” “numa das maiores cidades da América Latina”.

Pimenta enfatizou a “incapacidade operacional” da Enel em restabelecer o fornecimento de energia elétrica e lembrou que, em 2023, também houve um grande apagão após uma tempestade, o que na sua opinião deveria ter preparado a empresa para “enfrentar situações semelhantes” e “minimizar os danos”. 

“A situação exige, sem dúvida, a adopção de uma medida com maior poder de coação, não só pela plausibilidade dos factos que agora se repetem com pleno conhecimento público, mas também pela evidência da incapacidade operacional dos arguidos, criando um risco ainda maior “de danos irreparáveis ​​à ordem social e económica da população ”, lê-se no acórdão. 

“A curva de recuperação foi melhor que em 2023”

Em entrevista coletiva nesta quinta-feira, o presidente da Enel em São Paulo, Guilherme Lencastre, especificou que a região ainda tem cerca de 36 mil clientes sem energia elétrica.  “Neste momento temos 36 mil clientes sem energia eléctrica, isto significa um funcionamento muito próximo da normalidade para o nosso negócio. Temos 8,2 milhões de clientes”, comentou.

Da mesma forma, destacou que foram mais de 3,1 milhões de clientes afetados pela tempestade de sexta-feira. “A curva de recuperação foi melhor que no ano passado. Tivemos uma mobilização maior e mais rápida. Nas primeiras 24 horas houve uma recuperação de aproximadamente 79%, no ano passado foi de 58%”, disse.

O governador de São Paulo, Tarcísio Gomes de Freitas, garantiu nesta quarta-feira que é preciso avaliar a rescisão do contrato com a Enel após “seu reiterado descumprimento”. “Não podemos mais ficar à mercê de uma empresa irresponsável e abusiva como a Enel”, afirmou.

Na última segunda-feira, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, já deu à empresa um prazo de três dias para resolver o problema. A empresa é responsável pela distribuição de energia elétrica na capital e em 24 municípios localizados na região metropolitana de São Paulo, numa área total de 4.526 quilômetros quadrados. 

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