SP volta atrás e diz que poderá suspender endurecimento da quarentena aos finais de semana
O governo de São Paulo disse nesta segunda-feira (1°) que deverá revogar, na próxima quarta (3), o decreto que coloca todo o estado na fase vermelha, a mais restritiva, do plano de flexibilização econômica aos finais de semana e das 20h às 6h nos dias úteis.
A mudança ocorrerá caso seja mantida a estabilidade de casos e mortes e a queda no número de novas internações por Covid-19 alegadas pelo governo paulista.
“Na próxima quarta-feira o governo do estado de São Paulo vai anunciar mudanças nas medidas de restrição complementares do Plano São Paulo. Com duas semanas consecutivas no número de internações, e caso este cenário se mantenha em queda, na próxima quarta-feira (3), vamos anunciar medidas de suspensão das restrições impostas pelo Plano São Paulo relativas aos horários de funcionamento do comércio, shoppings, restaurantes, bares, inclusive aos finais de semana”, disse o governado João Doria (PSDB) durante coletiva de imprensa nesta segunda (1°).
De acordo com a secretária de Desenvolvimento Econômico, Patrícia Ellen, as medidas temporárias de maior restrição são complementares à reclassificação do Plano SP e, com a melhora nos índices, poderão ser suspensas.
“Na última semana houve uma queda de 8%, acumulada com a queda da semana anterior que foi de 4%. Isso mostra que as medidas estão funcionando, estão dando resultado. E nós tínhamos nos comprometido também que se a estabilidade se mantivesse, nós iríamos revisar as medidas complementares do Plano São Paulo. O que são estas medidas complementares: anunciamos na semana passada que operaríamos na fase vermelha durante os fins de semana em todo o estado, além de todos os dias após as 20h. Com essa estabilidade se mantendo até a quarta-feira, o que teremos é a suspensão dessas medidas complementares”, disse a secretária.
Durante a coletiva, o secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn, também defendeu que as medidas já permitiram controlar o avanço da Covid-19 no estado.
“Na terceira semana [epidemiológica de janeiro], nós tínhamos mais de 6,8 mil pacientes internados na UTI. E hoje nós temos 5,8 mil. São mil leitos a menos sendo ocupados, frente ao controla da pandemia no estado. Conseguimos, também, estabilizar o número de óbitos”, afirmou.