Surto de Ebola preocupam autoridades na Uganda, após morte de enfermeiro
O Ministério da Saúde de Uganda confirmou um novo surto do vírus Ebola na capital, Kampala, com uma morte relatada.
A vítima era um enfermeiro de 32 anos cujos sintomas incluíam “febre alta, dor no peito e dificuldade para respirar” e “sangramento em várias partes do corpo”.
Ele morreu de falência múltipla de órgãos na quarta-feira no Hospital Nacional Mulango, localizado no distrito financeiro central da cidade.
Isto marca o oitavo surto de Ebola registrado em Uganda desde que a primeira infecção foi documentada em 2000.
A Sudan Ebola Virus Disease (SUDV) é uma febre hemorrágica altamente infecciosa que é transmitida através do contato com fluidos e tecidos corporais infectados. É uma das várias cepas do vírus Ebola conhecidas por causar surtos.
Nos dias que antecederam sua morte, o enfermeiro foi a vários centros de saúde e a um curandeiro tradicional, antes que o diagnóstico fosse confirmado.
Ele também foi a um hospital público em Mbale, cidade que faz fronteira com o Quênia.
O ministério disse que 44 contatos do falecido, incluindo 30 profissionais de saúde, foram identificados para rastreamento.
Equipes de resposta rápida foram mobilizadas para tentar conter a doença.
Mas o rastreamento de contatos pode ser difícil, já que Kampala, uma cidade movimentada com mais de quatro milhões de pessoas, serve como um importante centro de viagens para o Sudão do Sul, República Democrática do Congo, Ruanda e outros países vizinhos.
O último surto de Ebola em Uganda foi em setembro de 2022, também causado pelo SUDV. Centrado no distrito de Mubende, foi declarado encerrado após quatro meses.
Existem seis tipos conhecidos do vírus Ebola. Quatro deles, Zaire, Bundibugyo, Sudan e Taï Forest, são conhecidos por causar doenças em humanos.
As cepas Reston e Bombali afetam principalmente primatas não humanos.
Ao contrário do vírus Ebola do Zaire, mais comum, não há vacina aprovada para a cepa do Sudão.
Os sintomas da infecção pelo Ebola incluem febre, fadiga, dor muscular, dor de cabeça e dor de garganta, seguidos de vômitos, diarreia, erupção cutânea e sangramento interno e externo.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, em média, o Ebola mata cinco em cada 10 indivíduos infectados.
No entanto, surtos anteriores mostraram uma taxa de letalidade variando de 25% a 90%, dependendo das circunstâncias e medidas de resposta.
