Taiwan publica primeiro manual de sobrevivência de guerra em meio à ameaça da China

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As forças armadas de Taiwan lançaram um manual sobre defesa civil pela primeira vez na terça-feira, dando aos cidadãos orientações de sobrevivência em um cenário de guerra, enquanto a invasão da Ucrânia pela Rússia concentra a atenção em como a ilha deve responder à pressão da China.

A China nunca renunciou ao uso da força para colocar Taiwan sob seu controle e intensificou as atividades militares nas proximidades nos últimos dois anos, para pressioná-la a aceitar suas reivindicações de soberania.

O manual de Taiwan detalha como encontrar abrigos antiaéreos por meio de aplicativos de smartphone, água e alimentos, além de dicas para preparar kits de primeiros socorros de emergência.

O planejamento do manual é anterior ao ataque da Rússia ao seu vizinho, o que gerou debate sobre suas implicações para Taiwan e formas de aumentar a preparação, como reformas no treinamento de reservistas.

“(Nós) estamos fornecendo informações sobre como os cidadãos devem reagir em uma crise militar e possíveis desastres que estão por vir”, disse Liu Tai-yi, funcionário da unidade de Mobilização de Defesa Total do ministério, em entrevista coletiva online.

Isso permitiria a preparação de segurança e ajudaria as pessoas a sobreviver, acrescentou.

Ele disse que o manual, que se baseia em guias semelhantes emitidos pela Suécia e pelo Japão, seria atualizado com informações localizadas, como os locais de abrigos, hospitais e lojas para necessidades diárias.

O manual usa tirinhas e fotos com dicas para sobreviver a um ataque militar, como distinguir sirenes de ataques aéreos e formas de se proteger de mísseis.

Taiwan não relatou nenhum sinal de uma invasão iminente planejada pela China, mas elevou seu nível de alerta desde o início da guerra na Ucrânia, que Moscou chama de “operação militar especial”.

A presidente Tsai Ing-wen prometeu repetidamente defender a ilha e está supervisionando um amplo programa de modernização para tornar suas forças mais móveis e mais difíceis de atacar.

Além dos planos divulgados no ano passado para reformar o treinamento das forças da reserva, o governo pretende estender o serviço militar obrigatório para além de quatro meses.

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