Trump acumula crises políticas com sondagens a mostrar o pior resultado dos últimos dois anos

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Os Estados Unidos estão apenas a três meses de abrir as urnas para as próximas eleições presidenciais. As mais recentes sondagens realizadas entre o eleitorado dos EUA mostram que o Presidente Donald Trump alcançou 56% de rejeição, máximos de mais de dois anos e um número preocupante para qualquer político que decida apostar numa reeleição.

Enquanto Trump está ocupado a gerir uma série interminável de crises, os números mostram que está a seguir na direção oposta ao que precisa, com o rival Biden a conseguir liderar as sondagens com mais de 9 pontos em todo o país.

Os analistas já colocam Trump numa situação muito pior do que em 2016 e mais delicada do que a de John McCain e Mitt Romney, candidatos republicanos que acabaram por perder para Barack Obama em 2008 e 2012. E por isso todos apontam no mesmo sentido: Trump está a perder terreno e, se quer vencer, precisa relançar a sua candidatura e redesenhar a sua imagem o mais rápido possível.

Mas até agoara não há sinais de que vá inverter este quadro. Pelo contrário, este fim de semana, surgiu um novo escândalo de níveis históricos: segundo o ‘New York Times’, a Rússia tem pago recompensas aos taliban por cada soldado americano morto.

Em reação, Trump apenas classificou a notícia como falsa e nenhuma fonte da Administração o negou publicamente. .

A pandemia e uma eventual segunda vaga também estão a pressionar Trump. Os planos do presidente contavam com que a pandemia desaparecesse no outono, para chegar a outubro com um número mínimo de casos e uma forte recuperação económica. No entanto, o aumento descontrolado de casos em vários dos maiores e mais ricos estados do país – Califórnia, Texas ou Flórida – obrigou bares e restaurantes a fecharem novamente e ameaçam estender a primeira vaga até o final do verão, com a consequente recaída económica de um segundo confinamento .

Quanto a estratégias, o investimento em anúncios parecem estar atingindo o alvo: a campanha do presidente e aliados gastaram centenas de milhares de dólares para exibir anúncios apenas a atacar os rivais e defender a honra de Trump. E boa parte desse dinheiro foi gasta em Washington, uma cidade onde os republicanos nunca venceram uma única eleição na história e onde Trump perdeu 86 pontos -90% a 4% – em 2016, apenas para que ele se sente melhor quando assiste televisão.

Mas o pior dos sinais nesta queda de Trump foi o episódio da morte de George Floyd, com o presidente a insistir falar sobre um país diferente daquele que existe hoje.

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