Ucrânia surpreende e lança incursão na Rússia em meio a confrontos intensos; Putin reage

Cerca de 300 soldados ucranianos realizaram uma incursão através da fronteira com a Rússia, travando combates dentro do território de Moscou na terça-feira, de acordo com o Kremlin.

Embora Moscou tenha alegado inicialmente ter repelido a incursão, o ataque continuou até quarta-feira, com blogueiros militares russos alegando que os combates se espalharam para dentro da Rússia e chegaram à vila de Sverdlikovo, a cerca de 15 quilômetros da fronteira.

O Ministério da Defesa russo confirmou que os combates estavam em andamento ao meio-dia de quarta-feira, horário local.

Membros da 22ª brigada mecanizada da Ucrânia lançaram um ataque entre as aldeias fronteiriças de Nikolayevo-Daryino e Oleshnya, na região de Kursk, na Rússia, apoiados por “11 tanques e mais de 20 veículos blindados de combate”, disse o ministério.

Os confrontos se estenderam originalmente até os arredores de Sudzha, uma cidade de cerca de 5.000 pessoas a cerca de 10 quilômetros da fronteira, perto da região ucraniana de Sumy.

O ataque foi apoiado por drones e ataques de mísseis, de acordo com Moscou.

Pelo menos cinco civis foram mortos e cerca de 28 ficaram feridos, principalmente nos distritos de Sudzha e Korenevo, informou a agência de notícias estatal russa Tass.

O presidente russo Vladimir Putin convocou uma reunião com seus oficiais de segurança na quarta-feira em resposta à incursão, rotulando o ataque como uma “provocação em larga escala”. Ele também acusou as forças ucranianas de atacar alvos civis.

Nenhuma das alegações ou relatos de vítimas puderam ser confirmados de forma independente.

“A Rússia não está no controle”

Kiev não comentou imediatamente sobre a suposta incursão. No entanto, o oficial do Conselho de Segurança Nacional e Defesa da Ucrânia, Andrii Kovalenko, disse que a Rússia não estava no controle de sua fronteira.

“Comandantes militares russos mentem sobre controlar a situação na região de Kursk”, escreveu Kovalenko na postagem do Telegram.

Esta não é a primeira vez que forças ucranianas entram em território russo. Em março, combatentes russos pró-Ucrânia exilados atacaram as regiões de Belgorod e Kursk, mas foram repelidos sem ganhos para mostrar.

Ainda há dúvidas sobre os benefícios de ações semelhantes, além do valor do choque e de forçar partes das tropas russas a mover tropas de outros lugares para reforçar suas defesas em casa.