Vacina contra a dengue ganha força e governo Lula anuncia acordo

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Em meio à avaliação da troca no comando do Ministério da Saúde, o presidente Lula anunciou um acordo para a produção nacional de uma vacina de dose única contra a dengue, em parceria entre o Instituto Butantan e a empresa WuXi Biologics. A previsão é de 60 milhões de doses anuais a partir de 2026, com público-alvo entre 2 e 59 anos, e financiamento do BNDES.

A ministra Nísia Trindade, presente na cerimônia, expressou otimismo em relação à aprovação da vacina pela Anvisa, destacando que ela protege contra quatro sorotipos da dengue e tem potencial para vacinar a população elegível em todo o país em dois anos, excluindo idosos em um primeiro momento.

A ministra também mencionou que a ampliação da produção e oferta no SUS será possível por meio de parcerias público-privadas.

O anúncio no Palácio do Planalto ocorreu em um momento de desgaste para Nísia, cuja gestão é criticada por membros do governo. Auxiliares de Lula dizem que ele decidiu substituir a ministra, mas a decisão ainda não foi oficializada.

Durante o evento desta terça, Nísia foi muito aplaudida, mais até do que o próprio presidente da República, que geralmente recebe a maior quantidade de aplausos em cerimônias desse tipo.

O atual ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, é o principal candidato para assumir o Ministério da Saúde caso Lula confirme a demissão de Nísia. Padilha já ocupou essa posição durante o primeiro mandato de Dilma Rousseff.

Lula demonstrou insatisfação com o andamento do programa Mais Acesso a Especialistas, criado para aumentar a oferta de consultas e exames especializados no SUS.

No Planalto, há a compreensão de que o programa poderia se tornar uma marca do terceiro mandato de Lula, que atualmente enfrenta uma queda na popularidade.

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