Vereador eleito em BH: ‘Minha causa será o terceiro setor”
Antes de disputar em 2020, Alkimim também trabalhava como assessor parlamentar na Prefeitura de BH. Isso porque, após trabalhar como coordenador de campanha de Carlos Viana (PSD), senador eleito em 2018, recebeu o convite do Executivo municipal. “Em 2018, coordenei a campanha do então candidato Carlos Viana, e trabalhei como assessor parlamentar do Alexandre Kalil, até julho deste ano. Participei da chapa do então PHS, hoje PSD, e meu trabalho chamou atenção, aí me chamaram. Nunca tinha trabalhado em cargo público, mas gostei, aprendi muito”, disse, ao Estado de Minas.
Qual será a causa do senhor enquanto vereador?
Minha causa será o terceiro setor. São ONGs, igrejas, organizações em geral, associações. Existem projetos sociais que fecham por falta de apoio. Chego com essa bandeira do social.
Hoje, as ONGs não são bem-vistas por parte da população. Como o senhor lida com isso?
Conheço várias ONGs que começaram e se perderam no meio da política, alguns que perderam espaço pois eram justamente para ganhar notoriedade, voto. A minha tem 20 anos, e muitas pessoas que conheço me parabenizam e me apoiam. A gente precisa de coisa básica, legalizar documento, e em todos os setores tem a maçã podre, usam como oportunidade para alavancar. Fui eleito para apresentar projetos de lei completos, e essa bandeira é meu xodó.
Já existe um projeto de lei que o senhor pensa em aplicar assim que tomar posse?
Vou falar por alto, a princípio. Trabalhei no Executivo e me deparava com gente falando das árvores de BH, de várias que podiam cair em cima de casas, carros, ainda mais com as chuvas. Algumas pessoas apresentavam cinco protocolos, e nenhum era concluído. E uma árvore cai, não vai ninguém na prefeitura lá. É uma lei que quero olhar, precisa de orçamento para isso, mas a árvore que tem protocolo aberto cai, danifica, e o Executivo não tomou contrapartida. Quero criar uma lei para que o Executivo pague com os danos que, por exemplo, essa árvore causou, seja na residência ou na via pública. Esse processo, atualmente, é lento. Não é fácil assim, são várias etapas. Mas isso eu quero endurecer.
Quanto à futura legislatura: como o senhor avalia a nova composição da Câmara?
Já conheço a Nely (Aquino) tem um tempo. Ela faz um excelente trabalho nesse momento de escândalos, e soube conduzir bem. Mas ainda acho cedo para falar da bancada, mas vejo que há muitos colegas que chegaram com garra e acho que vai ser muito diferente da anterior. O que for para somar, vou fazer parte.
O senhor trabalhou com o prefeito. Isso vai refletir como posição na Câmara?
Vou ser base do prefeito, sou grato a ele. Claro que eu fui eleito pelo povo, trabalho pelo povo, mas se coloca um projeto para prejudicar o povo, voto contra. Teve projeto para retirar guarda municipal de posto de saúde e escolas; eu sou base, mas não votaria a favor. Os trocadores foram retirados, eu não apoiaria. Chego à Câmara sem acordo político, partidário.
O senhor demorou, mas chegou a um cargo político. Agora, vai seguir? Já pensa em disputas próximas?
Vou esperar para ver. O PMN me chamou, por meio de diretório nacional e estadual, para conversar sobre 2022 já, e falei que estava cedo. E para 2024 vamos trabalhar. O povo deu uma resposta positiva nas urnas. Já tenho meu trabalho, e quero somente melhorar ele.