Aeronaves de vigilância da Força Aérea dos EUA são deslocadas para ilha junto a costa da Venezuela

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O Departamento de Defesa autorizou a Força Aérea dos EUA (USAF) a enviar duas aeronaves de vigilância a uma base na costa venezuelana para apoiar equipes em terra contra “operações antidrogas”. A medida acontece exatamente quando, uma “pressão máxima” contra o governo de Nicolás Maduro volta a tona.

Diversas aeronaves de vigilância e aviões de apoio seguiram para o Aeroporto Internacional Hato de Curaçao, com aproximadamente 200 pessoas, entre funcionário e tripulações. Por sua vez, o Comando Sul dos EUA (SOUTHCOM) explica que a missão é temporária.

“Duas aeronaves de patrulha, uma E-3 Sentry com Sistema Aéreo de Alerta e Controle (AWACS), e uma E-8 Joint Stars (JSTARS), com o apoio de duas aeronaves de reabastecimento aéreo KC-135 Stratotanker, voarão em missões de detecção e monitoramento no espaço aéreo internacional para ajudar os EUA e as autoridades policiais internacionais que tentam derrotar organizações criminosas transnacionais que traficam narcóticos ilegais na região”, diz o comunicado.

Embora a declaração não mencione especificamente a Venezuela, não há dúvidas a que país a operação se destina. A ilha fica a apenas alguns quilômetros da costa venezuelana. O E-3 Sentry, foi visto deslocando-se para Curaçao na segunda-feira (22), assim como um avião de transporte C-5 Galaxy, possivelmente transportando equipe e equipamentos de apoio.

Os EUA têm usado operações antidrogas para pressionar o governo venezuelano, principalmente depois que a “pressão máxima” dos EUA fracassou em impedir um grande carregamento de combustível iraniano para o país.

Em abril, o Departamento de Justiça anunciou novas “operações antidrogas aprimoradas” no Caribe, alegando que traficantes estavam usando a crise criada pela pandemia da COVID-19 para intensificar seus envios para os EUA.

Na mesma época, o governo designou diversas autoridades venezuelanas, incluindo Maduro, como “narcoterroristas”, registrando acusações federais contra eles e emitindo recompensas multimilionárias por sua captura.

Pouco depois, um grupo de mercenários com sede nos EUA, onde a maioria correspondia a ex-agentes das Forças Especiais dos EUA, tentou sequestrar Maduro, mas acabaram sendo capturados por pescadores venezuelanos.

Diversas aeronaves de patrulha e vigilância dos EUA foram avistadas no Caribe, incluindo o assassino de navios P-3 Orion e uma aeronave de vigilância eletrônica E-8 JSTARS. Desde janeiro de 2019, os EUA alegam que a presidência de Maduro não tem legitimidade e os EUA apoiam Juan Guaidó, como líder interino do país.

  • Com agências internacionais

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