Ibovespa cai puxado por bancos e Petrobras após resultados; dólar comercial sobe a R$ 5,20

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Mercado mostra desempenho negativo depois de um começo de pregão em alta

 – O Ibovespa opera em queda nesta sexta-feira (31) puxado pelas baixas das ações de bancos e da Petrobras, que registra perdas após um início de sessão em alta. No radar macroeconômico, os investidores repercutem os dados divulgados na Europa.

A Petrobras registrou um prejuízo líquido de R$ 2,713 bilhões no segundo trimestre de 2020, revertendo o lucro de R$ 18,866 bilhões apresentado no mesmo período do ano passado. Contudo, o resultado foi bem recebido por analistas de mercado.

Hoje foi a vez da zona do euro medir o tamanho do impacto do coronavírus na atividade econômica da região. O PIB da França afundou 13,8% no segundo trimestre em relação a igual período de 2019. Esse foi o maior tombo já registrado pela economia francesa, mas ainda assim melhor que os 15,3% esperados. Já o PIB da União Europeia caiu 15%.

Já o mercado americano, depois de cair na véspera com o tombo de 32,9% registrado pelo Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos no segundo trimestre deste ano, hoje começou o dia com ganhos e agora mostra desempenho negativo. Os resultados de quatro gigantes do setor de tecnologia: Alphabet (grupo do Google), Amazon, Apple e Facebook, vieram acima do esperado.

Às 12h46 (horário de Brasília) o Ibovespa cai 1,15% a 103.806 pontos.

Enquanto isso, o dólar comercial valoriza 0,99% a R$ 5,2089 na compra e a R$ 5,2101 na venda. Já o dólar futuro para agosto tem alta de 0,99% a R$ 5,204.

No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2022 sobe um ponto-base a 2,63%, o DI para janeiro de 2023 tem valorização de um ponto-base a 3,64% e o DI para janeiro de 2025 opera estável a 5,19%

Já nos EUA, o Congresso americano não chegou a um acordo sobre um plano de estímulo à economia americana, fortemente enfraquecida pela pandemia.

O índice de gerentes de compras (PMI, pela sigla em inglês) do setor industrial chinês subiu de 50,9 em junho para 51,1 em julho, sugerindo que a manufatura da segunda maior economia do mundo está se expandindo em ritmo mais veloz do que se imaginava, após sofrer o violento choque da pandemia.

Reforma tributária e marco do saneamento

A Agência Senado destaca que a Comissão Mista da Reforma Tributária retoma trabalhos nesta sexta-feira, citando senador Roberto Rocha (PSDB-MA), presidente do colegiado; ele também informou que na próxima quarta-feira, dia 5, às 10h, ocorrerá audiência pública com o ministro da Economia, Paulo Guedes. A Agenda da Câmara também prevê reunião remota sobre reforma tributária às 14h.

Já o  presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que espera que o Congresso Nacional decida logo sobre os vetos do presidente da República, Jair Bolsonaro, a artigo da lei que atualiza o novo marco legal do saneamento básico no Brasil. Segundo ele, o veto mais relevante de Bolsonaro descumpriu um acordo político feito com o Parlamento, apesar de ter sido correto do ponto de vista do mercado. “Do ponto de vista do acordo político, não cumpriu o acordo, e na política, a palavra é muito importante”, disse.

Bolsonaro vetou 12 pontos da lei. O veto considerado polêmico se deu sobre o artigo que autorizava municípios a renovar, por 30 anos, os contratos em vigor com as companhias de saneamento. A regra beneficiaria até mesmo cidades onde o serviço é prestado hoje sem um contrato formal. Com o veto, os governos locais serão obrigados a realizar licitações para substituir esses contratos.

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